'Envolve grau de psicopatia': suspeita de envenenar mãe e filho com bolo teria forjado gravidez
Segundo a defesa das vítimas, a polícia verificou que Amanda inventou estar esperando um filho para manter vínculo com o ex
Cidades|Gabrielle Pedro, do R7
A defesa de Luzia Tereza Alves, de 86 anos, e Leonardo Pereira Alves, de 58, mortos após terem comido um bolo de pote envenenado, em Goiânia (GO), informou ao R7 que a suspeita de ter cometido o crime, a advogada Amanda Partata Mortoza, 31 anos, forjou uma gravidez para forçar um vínculo com o ex-namorado, que é neto e filho das vítimas.
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"Ela não só não está como nunca esteve grávida. Se ela tivesse perdido o bebê, os exames da polícia teriam mostrado isso, mas não apareceu nada nesse sentido", disse o advogado das vítimas, Luis Gustavo Nicoli.
Amanda conheceu o filho de Leonardo, Leonardo Filho, há cinco meses, mas o relacionamento deles durou apenas três.
Os dois terminaram o namoro e, há pouco mais de um mês, ela apresentou exames ao ex-companheiro dizendo estar grávida.
Segundo Nicoli, a advogada — presa nesta quarta-feira (20) — nunca foi próxima do ex-sogro, tampouco de dona Luzia, mas a suposta gravidez fez com que ela começasse a ter um vínculo maior com a família do ex.
"Eles [Amanda e Leonardo Filho) não tinham mais nenhum relacionamento amoroso. Ela continuou frequentando a casa da dona Luzia por conta da gestação", informou o defensor.
Nicoli diz que o ex-namorado prestou todo o apoio a Amanda assim que descobriu a gravidez e que eles não tiveram nenhum desentendimento que justificasse a fatalidade.
"Eles não tiveram nenhuma briga. Ele decidiu terminar com ela porque percebeu algumas atitudes dela que não lhe agradavam. Depois que ela apresentou os exames dizendo que estava grávida, ele percebeu que teriam uma relação maior do que só um ex-namoro, porque ela seria a mãe do filho dele", explicou.
Após a prisão de Amanda, o delegado responsável pelo processo, Carlos Alfama, disse que ela apresenta um grau de psicopatia.
"O caso é bem complexo. Envolve um grau de psicopatia que não é possível explicar agora. Nós ainda vamos ouvir novamente a Amanda Partata. Existem detalhes muito relevantes sobre esse caso, inclusive outros crimes relacionados à investigada. O que já adiantamos é que, de fato, o caso se tratou de um duplo homicídio por envenenamento", afirmou Alfama.
Questionado sobre o comportamento de Amanda com a família, Nicoli informou que o ex-namorado rompeu com ela justamente porque ela agia de maneira obsessiva. Contudo, nunca imaginou que ela pudesse ser psicopata.
"Ainda durante o namoro, o Leonardo Filho começou a perceber que ela era uma pessoa possessiva, intensa, grudenta e às vezes um pouco chata. Chegava a incomodar até os amigos dele. Eles terminaram, mas, apesar disso, ele nunca imaginou que ela pudesse cometer um crime como esse", ressaltou.
O R7 procura contato com a defesa de Amanda e mantém o espaço aberto para a manifestação da citada.