Fundo de florestas e crítica da ONU ao uso de combustíveis fósseis marcam o 1º dia da Cúpula de Líderes
Promessa de aportes de investimento superam os US$ 5 bi, enquanto secretário-geral cita falha em meta contra aquecimento global
COP30|Lis Cappi e Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
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O avanço do TFFF (Fundo de Florestas Tropicais para Sempre, na sigla em inglês), programa para proteção de florestas anunciado pelo governo brasileiro, marcou o primeiro dia da Cúpula de Líderes que antecede a COP30, em Belém.
A proposta foi formalizada nessa quinta-feira (6) e soma, até o momento, mais de US$ 5,5 bilhões, com expectativa de ao menos um novo anúncio hoje. A Alemanha deve ser a próxima a divulgar aportes.
O fundo apresentado pela gestão brasileira tem a modalidade de investimento e a previsão de reunir US$ 125 bilhões, com uso de capital privado a partir de investimentos para a conservação de florestas.
Crítica a combustíveis fósseis
O primeiro dia da Cúpula de Líderes também foi marcado por discursos, com destaque para o do secretário-geral da ONU, António Guterres. Ele criticou a continuidade do uso de combustíveis fósseis e disse que o movimento é uma “escolha política”.
Guterres afirmou que países devem responder com urgência às mudanças climáticas e frisou que nações falharam em relação à meta do aquecimento global, que previa ações para impedir o aumento da temperatura até 1,5ºC.
“Os combustíveis fósseis ainda levam muitos subsídios do contribuinte, muitas empresas e corporações estão lucrando com a devastação ambiental, bilhões sendo gastos com o lobby, mas muitos líderes globais se mantêm em linha com interesses”, declarou Guterres. “As energias limpas têm mais potencial. O que ainda falta, porém, é essa coragem política”, constatou.
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No fim do dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez promessas de medidas para a conservação de oceanos. “O Brasil vai proteger a Amazônia Azul, com planejamento espacial, marinho, proteção de mangues e corais. Vamos ampliar, de 26% para 30%, a cobertura de nossas áreas marinhas protegidas, cumprindo a meta do marco global para a biodiversidade”, anunciou.
Contudo, na última terça-feira (4), Lula defendeu a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Em entrevista a agências internacionais, o presidente declarou não ter interesse em ser um “líder ambiental” e defendeu a exploração de petróleo na Amazônia — autorizada pelo Ibama à Petrobras em 20 de outubro.
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