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13,7 milhões deixam de pagar imposto de renda após pedido de Lula

Isenção tributaria será de R$ 2640. Na campanha, o petista prometeu que o valor seria de R$ 5 mil

Economia|Do R7, com Estadão Conteúdo

Ministro Haddad desenhou forma de mitigar efeito da isenção nas contas do governo brasileiro.
Ministro Haddad desenhou forma de mitigar efeito da isenção nas contas do governo brasileiro. Ministro Haddad desenhou forma de mitigar efeito da isenção nas contas do governo brasileiro.

A Receita Federal prevê que 13,7 milhões de contribuintes pessoas físicas deixarão de pagar o Imposto de Renda com as novas regras de correção da tabela.

As mudanças entrarão em vigor a partir de 1º de maio, Dia do Trabalhador. Quem ganha até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 2.640, ficará livre de pagar o imposto.

Esse contingente de pessoas corresponde a cerca de 40% do total de 32 milhões de declarações do Imposto de Renda de Pessoa Física recebidas no ano passado pela Receita.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a correção da faixa de isenção para os R$ 2.640. Durante a campanha eleitoral, o petista prometeu que quem ganhasse até R$ 5 mil não precisaria arcar com o imposto de renda.

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Além disso, o chefe do Executivo chegou a defender a medida já no exercício do mandato em 2023, em mais de uma ocasião. Por exemplo, fez isso durante reunião com centrais sindicais, em janeiro.

Para cumprir a determinação de Lula, a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desenhou um modelo que ameniza o impacto da medida nas contas públicas.

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O modelo beneficia as pessoas com faixas de renda mais baixas. Ele estabelece que a faixa de isenção do IR será ampliada dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 2.112, sendo permitida uma dedução simplificada mensal de R$ 528 do imposto.

A perda de arrecadação será de R$ 3,2 bilhões até o final deste ano (maio a dezembro) e de R$ 6 bilhões no ano que vem, de acordo com a Receita. Os números contrastam com a projeção do Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal), que previu uma perda de receitas de R$ 14 bilhões em 2023.

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Haddad queria que as mudanças na tabela só ocorressem em 2024 com a reforma tributária. No início do governo, o ministro chegou a declarar que não haveria correção da tabela no primeiro ano do terceiro mandato de Lula na Presidência.

Porém, a pressão da ala política acabou levando o presidente Lula a decidir começar a correção ainda neste ano. O movimento ocorreu em meio a reação negativa dos contribuintes. A correção da tabela não ocorre desde 2015.

Desconto simplificado vai favorecer rendas mais baixas

Segundo a Receita Federal, a dedução simplificada de R$ 528 é que garante que quem ganha até R$ 2.640 por mês ficará isento do Imposto de Renda. "Essa operacionalização serve para que as brasileiras e os brasileiros sintam o benefício imediatamente no bolso", diz o órgão em comunicado.

Não haverá qualquer retenção na fonte para essa faixa de renda. Ou seja: as pessoas nela não terão de esperar a declaração no ano seguinte para pedir a restituição do que foi retido.

Na prática, isso significa que a pessoa que ganha até R$ 2.640 não pagará nada de Imposto de Renda - nem na fonte nem na declaração de ajuste anual - e quem ganhar acima disso pagará apenas sobre o valor excedente.

A Receita esclareceu que o desconto de R$ 528 é opcional. Quem tem direito a descontos maiores pela legislação atual (previdência, dependentes, alimentos) não será prejudicado.

O mecanismo do desconto adotado tem o mesmo efeito de um aumento da faixa de isenção para R$ 2.640, sem reduzir demasiadamente a tributação das faixas mais altas de renda.

Para quem ganha R$ 10 mil, por exemplo, não valerá a pena o desconto simplificado de R$ 528, já que suas deduções atuais são maiores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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