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Acordo internacional e melhora da economia puxam queda do dólar

Moeda norte-americana engatou nona queda dos últimos 12 pregões e já acumula desvalorização de 4,6% ante o real desde recorde histórico

Economia|Alexandre Garcia, do R7

Dólar fechou a segunda-feira cotado a R$ 4,06
Dólar fechou a segunda-feira cotado a R$ 4,06 Dólar fechou a segunda-feira cotado a R$ 4,06

O dólar engatou nesta segunda-feira (16) a nona queda dos últimos 12 pregões e passou a ser negociado a R$ 4,06. A movimentação, guiada por fatores internos e externos, faz com que moeda norte-americana acumule perda de 4,6% desde quando marcou R$ 4,258, no dia 27 de novembro, e bateu o maior valor nominal da história do Plano Real.

De acordo com especialistas ouvidos pelo R7, a desvalorização do dólar ante o real é fruto dos avanços do acordo comercial entre Estados Unidos e China, do salto surpreendente do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, da queda dos juros e a melhora da perspectiva de crédito do Brasil.

"O mesmo contexto que levou o câmbio para as máximas históricas tem dado esse alívio e trazido o dólar ao menor valor do último mês", explica o diretor de câmbio da FB Capital, Fernando Bergallo.

O estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus a melhor expectativa de retomada econômica foi um dos pontos determinantes para tirar o dólar da casa dos R$ 4,25. "Dados, principalmente do PIB, vieram bem acima do esperado e mostram que o país vai crescer mais de 1% em 2019. Parece que as coisas estão acontecendo, analisa ele.

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Para Laatus, a recente perspectiva positiva da nota de crédito do Brasil dada pela agência de risco Standard & Poor's deu também uma “nova animada” no real. “Somando tudo isso, dá para ver que há um novo apetite pelo Brasil, mesmo após os dados ruins com o leilão do pré-sal”, afirma.

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Bergallo aponta o acordo comercial entre as duas maiores economias mundiais como determinante para o crescimento dos países. "A partir que você tem um cenário de evolução, que aconteceu com o acordo das negociações entre os Estados Unidos e a China, o mercado passa a ter uma leitura mais positiva e fica um pouco mais inclinado a posições de risco, sem o temor de uma recessão global”, avalia o diretor de câmbio.

Abaixo de R$ 4?

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Apesar do tombo recente, os especialistas descartam a possibilidade de a moeda norte-americana encerrar 2019 abaixo dos R$ 4. Para os economistas consultados semanalmente pelo BC (Banco Central), a expectativa é que o dólar encerre dezembro cotado a R$ 4,15.

De acordo com Bergallo, o atual preço de equilibro da moeda norte-americana é entre R$ 3,90 e R$ 4, diante das as atuais condições internas e externas. "Não acho que caia mais do que isso no curto prazo", lamenta ele, que vê uma "sobrevalorização do dólar' acima dos R$ 4.

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Na avaliação de Laatus, o dólar mais valorizado é positivo para o Brasil no cenário atual de alta nas exportações. “Dificilmente vamos terminar o ano com o dólar abaixo de R$ 4, porque as coisas estão andando e não resolvidas. Ainda tem muita coisa para acontecer”, diz ele ao citar a guerra comercial.

“Quando se trata de Trump, a gente nunca pode duvidar que ele é capaz de fazer uma declaração e jogar todo o acordo comercial fora”, completa o estrategista-chefe.

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