Economia Além de dar prazo maior, Pronampe deixa de ter limite fixo de juros

Além de dar prazo maior, Pronampe deixa de ter limite fixo de juros

Taxas das operações eram Selic, hoje em 13,75%, acrescida de 6%, e agora passam a ser reguladas pelo Ministério da Economia

Agência Estado
Medida Provisória definiu novas regras para o Pronampe, a partir de 27 de outubro

Medida Provisória definiu novas regras para o Pronampe, a partir de 27 de outubro

Divulgação

Além de ter ampliado de quatro para seis anos o prazo para o pagamento dos empréstimos contratatos por meio do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), a MP (medida provisória) publicada pelo governo na quinta-feira (27) também acaba com o limite de juros dessa linha de crédito.

Até então, as operações do programa tinham juros anuais máximos correspondentes à taxa Selic, atualmente em 13,75%, acrescida de 6%, o que totalizava 19,75% ao ano. O valor contratado podia chegar a até 30% do faturamento anual da empresa informado à Receita Federal, limitado a R$ 150 mil por CNPJ, conforme a capacidade de pagamento.

Pela MP, caberá à Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia definir as condições para a contratação dos empréstimos. Em nota, a pasta informou que as taxas não foram alteradas, mas serão reguladas pelo ministério. Na prática, elas serão definidas pela secretaria.

Segundo o ministério, a medida possibilita a renegociação com o novo prazo sem obrigar as instituições financeiras. Caberá aos bancos renegociar os novos prazos, inclusive dos contratos inadimplentes.

Nas contas do governo, o aumento do prazo para 72 meses vai beneficiar cerca de 500 mil empresas, que poderão se habilitar a renegociar os créditos do Pronampe.

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