Alta do gás pode superar os 7% de reajuste para o consumidor
Revendedores falam que precisam cobrir altas de custo, entre elas, a dos combustíveis, utilizado no transporte do botijão
Economia|Do R7
A Petrobras reajustou em 7% o preço do botijão de gás em suas refinarias. Mas, para o consumidor final, o aumento deve ser maior do que esse, segundo a Abragás (Associação Brasileira das Entidades Representativas das Revendas de Gás). Além de permitir a recuperação da margem das distribuidoras, o aumento precisa cobrir altas de custo, entre elas, a dos combustíveis, utilizado no transporte do botijão, explicam os revendedores.
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"Os aumentos de preço, além de pesar muito para os consumidores, atingem diretamente o capital de giro dos revendedores; quanto mais caro o gás, mais dinheiro precisamos colocar no caixa para sustentar o fluxo", afirmou a entidade em nota.
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O Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP) também vê pressão de custos sobre a revenda, com possível repercussão para o consumidor.
"Com esse percentual, vemos pressão muito forte sobre as revendas, que terão dificuldade de repassar seus custos, já elevados pelo preço do diesel e gasolina, insumos importantes para eles. Temos que observar se haverá retração na demanda", diz o presidente da entidade, Sérgio Bandeira de Mello.