Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Americanas responde questão de órgão fiscalizador sobre suposto aporte de R$ 10 bilhões

A empresa, que está em recuperação judicial, negou que exista, no momento, tal proposta; o assunto circulou na quinta-feira (2)

Economia|Do R7, com Reuters

A empresa proprietária das Lojas Americanas está em recuperação judicial
A empresa proprietária das Lojas Americanas está em recuperação judicial

Em reposta aos questionamentos da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Americanas afirmou que, até o momento, não há proposta para um aporte de R$ 10 bilhões na companhia, segundo o comunicado enviado ao mercado nesta sexta-feira (3). No dia anterior, havia circulado a informação de que a empresa acenava aos bancos com os quais tem dívida que, para voltar a negociar com eles, faria uma capitalização que poderia chegar a tal valor.

A CVM é uma autarquia do governo federal que tem a função de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários (os títulos ou contratos de investimento coletivo que são negociados diariamente no mercado financeiro). Na quinta-feira (2), a CVM pediu à companhia que explicasse a informação sobre esse suposto aporte, publicada em uma reportagem. 

"Até o momento, não há proposta de aporte no valor de R$ 10 bilhões, seja por parte da companhia ou de seus acionistas de referência, tal como consta da mencionada reportagem", afirmou a Americanas no comunicado.

No dia 16 de fevereiro, em uma reunião com os bancos credores — termo técnico usado para pessoas ou empresas que têm valores a receber de uma dívida, em oposição a "devedores" —, a Americanas já havia apresentado uma oferta de capitalização de R$ 7 bilhões, que seria feita por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, os acionistas de referência da companhia. 


A proposta foi recusada pelas instituições bancárias. Posteriormente, a varejista teria sondado as instituições sobre um aumento de capital de R$ 8,5 bilhões, que também foi considerado insuficiente.

Os bancos apontaram R$ 15 bilhões como o valor mínimo necessário para resolver o problema da empresa. Essa quantia, entretanto, não é consenso: para alguns especialistas, o ideal seriam R$ 24 bilhões, enquanto outros afirmam que R$ 12 bilhões seriam suficientes. Estima-se que os três acionistas tenham, juntos, um patrimônio de R$ 180 bilhões. 

Com a hipótese do aporte de R$ 10 bilhões, já negado pela Americanas, a empresa conseguiria abrir espaço para que as instituições financeiras aceitassem negociar pela primeira vez desde o início da crise.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.