Análise: Brasil ainda possui muitos desafios econômicos e corte na Selic está distante
País é o único do Brics a não realizar redução de sua taxa de juros em 2025 e se isola entre maiores potências mundiais
Economia|Do R7
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O Brasil se destacou dentro do Brics como o único que não fez cortes nas taxas de juros. O Banco Central decidiu manter a Selic em 15% ao ano, além de reduzir a chance para um corte na taxa na próxima reunião, que será em janeiro. Já dentro do G20, bloco com as maiores economias do mundo, o país fica em uma posição mais isolada, ao lado apenas do Japão, que também manteve um posicionamento mais conservador a respeito de cortes.
Para o economista Ricardo Buso, apesar de manterem as alíquotas, os casos japonês e brasileiro são opostos, uma vez que o valor asiático é negativo, ou seja, menor que a inflação. Ele destaca que o cenário nacional, dada a realidade do país, é mais complexo e ousado ao buscar uma meta de 3% no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), mesmo com 1,5 ponto percentual de tolerância.
O economista acredita que o BC enxerga diversas dificuldades na economia brasileira que impedem a redução da Selic, o que pode deixar os cortes para um futuro mais distante. Ele lista como desafios a economia aquecida devido ao alto índice de ocupação da população e o incremento extra no próximo ano com a isenção do Imposto de Renda, além da dívida pública em crescimento acelerado.
“Com base em tudo isso, o Banco Central ainda não está vendo elementos que ele fala: ‘É seguro eu começar a tirar esse obstáculo da economia para crescer mais, que eu já estou cumprindo a inflação?’. Ele está vendo que ainda está de maneira pontual esse cumprimento na margem de tolerância”, finaliza Buso em entrevista ao Conexão Record News desta sexta-feira (12).
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