Ar-condicionado, aluguel de veículo e metrô têm alta e são vilões da inflação em 12 meses
No acumulado do período, inflação oficial teve alta de 4,42% e chega perto do teto da meta estabelecida pelo governo federal
Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
A inflação oficial do país ficou em 0,44% em setembro e não deu alívio ao bolso dos consumidores. Em 12 meses, o índice teve alta de 4,42%, chegando próximo ao teto da meta estabelecida pelo governo — 4,5%. Entre os maiores responsáveis pelo aumento dos preços, estão itens como a a tarifa do metrô, preço dos combustíveis, ar-condicionado e o aluguel de veículos.
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No topo do ranking de itens que mais encareceram no ano, a tangerina e a laranja lima, com altas de 100,6%, e 68,99%, respectivamente. O grupo frutas, do qual os itens fazem parte, registrou um aumento de 20,87%.
Outros responsáveis pela aceleração da inflação nesta categoria foram a laranja pera (62,51%), laranja baía (47,38%), abacate (40,07%) e manga (28,9%).
Aluguel de veículos e metrô em alta
No acumulado dos últimos 12 meses, o preço do aluguel de veículos foi outro item que pesou no bolso dos consumidores. Nesse período, a alta foi de 27,51%. O grupo “veículo próprio”, do qual ele faz parte, teve alta de 1,62%.
A tarifa de metrô também ficou mais cara. O item teve aumento de 10,76% nos últimos 12 meses.
O grupo transporte público, do qual ele faz parte, teve alta de 4,03%. Outros itens do segmento que também encareceram foram passagem aérea (9,99%), ônibus intermunicipal (8,12%), transporte escolar (6,91%) e táxi (6,68%).
Aumento do preço dos combustíveis
O preço dos combustíveis para veículos também ficou mais caro em 2024. O grupo teve aumento de 5,91% no acumulado dos últimos 12 meses, com destaque para as altas do etanol (11,57%), gasolina (5,58%) e gás veicular (5,05%).
O único item que apresentou retração no período foi o óleo diesel (-0,91%).
Ar-condicionado encarece em 12 meses
Com a onda de calor que tomou conta do país no segundo semestre deste ano, o consumo do ar-condicionado aumentou. Em 12 meses, o item encareceu 13,02%. O grupo eletrodomésticos e equipamentos, do qual ele faz parte, teve aumento de 1,22%.
Preços por região
Em setembro, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, acelerou para 0,44%, após ficar estável no mês anterior. Regionalmente, a maior variação mensal ocorreu em Goiânia (1,08%), influenciada pela alta da gasolina (6,24%) e da energia elétrica residencial (4,68%).
Por outro lado, a menor variação ocorreu em Aracaju (0,07%), por conta dos recuos da cebola (-25,07%), do tomate (-18,62%) e da gasolina (-1,68%).
Moradores de Curitiba, Rio Branco, São Luís, Campo Grande, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória também sentiram impacto mais forte dos preços em setembro, já que tiveram reajustes acima da média brasileira.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto a 27 de setembro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2024 (base).