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Ar-condicionado portátil é a melhor opção para o calorão?

O equipamento deve ser visto como um investimento no bem-estar da família, e a aquisição exige cálculos, análise e planejamento

Economia|Johnny Negreiros, do R7*

Em meio ao calorão, ar-condicionado portátil está sendo o mais buscado na internet
Em meio ao calorão, ar-condicionado portátil está sendo o mais buscado na internet

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) ampliou o alerta de "grande perigo" até sexta-feira (17), em meio ao calorão. Por isso, a procura por aparelhos de ar-condicionado aumentou nos últimos dias. Segundo o Google Trends, o modelo mais pesquisado no site de buscas é o portátil. Porém, ele pode não ser o mais adequado para a sua residência. 

Para a Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), cada tipo de ar-condicionado possui características que atendem a certa necessidade. Além do portátil, há os modelos: split, split inverter, cassete, hi-wall e janela, entre outros.

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• Ar-condicionado portátil

É adequado para quem não quer fazer grandes modificações estruturais. Trata-se de um modelo que não precisa da alteração da fachada para sua instalação e pode ser levado de um cômodo a outro.


No entanto, os portáteis são pesados e não servem para ambientes muito grandes, sendo essas algumas de suas desvantagens. Além disso, o modelo precisa ser acoplado ao espaço externo para realizar a troca de ar, que pode ser feito por um tubo.

Outra característica é que ele acumula água internamente, por isso, o seu reservatório precisa ser esvaziado de tempos em tempos.

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• Ar-condicionado split

A principal característica desse modelo é a redução de ruído, já que o seu compressor é colocado do lado de fora.

Contudo, esse item deve ser instalado por uma assistência técnica especializada, sendo esse um custo adicional. Sem mencionar que o modelo também está entre os mais caros no mercado.

• Ar-condicionado janela

Deve ser instalado em uma janela ou em uma parede próxima. Nesse caso, a principal desvantagem é o ruído, e a vantagem é o custo mais acessível, já que se trata de uma opção mais barata.

Um ambiente maior precisa de um ar-condicionado mais potente (potência medida em BTU), de maneira geral. Segundo a Proteste, o cálculo para determinar o dimensionamento correto é:

• 600 BTUs/h para cada m²;

• 800 BTUs/h para cada frequentador do ambiente;

• 800 BTUs/h para cada objeto eletrônico.

A capacidade, ou a potência de refrigeração, é medida em BTU (british thermal unit, na sigla em inglês; em português, unidade térmica britânica).

"Logo, um quarto com 12 m² (600 x 12), frequentado por duas pessoas (800 x 2) e com dois aparelhos eletrônicos (800 x 2) precisa de um ar-condicionado de 10.400 BTU/h. Nesse caso, o consumidor pode optar por um aparelho de 10.000 BTUs/h", explica.

O que é preciso levar em consideração na hora de decidir qual aparelho comprar?

• Características físicas do ambiente — a que fim se dedica o local;

• Quantidade de ambientes a serem climatizados;

• Características técnicas do local — exposição ao sol, quantidade de pessoas no ambiente, tipo de iluminação, uso de outros tipos de equipamento eletroeletrônico;

• Locais para a instalação de acordo com a arquitetura, a infraestrutura elétrica e o design planejados para o ambiente;

• Renovação do ar ambiente;

• Recomenda-se sempre a consulta a um profissional qualificado, que, caso seja necessário, utilizará softwares para simular a condição ideal do ambiente para seu correto dimensionamento.

Cuidados

Como não se trata de um equipamento barato, ele deve ser visto como um investimento no bem-estar da família. Para que tudo corra bem, é preciso ter em mente que esse produto demanda uma instalação especializada, além de uma avaliação do local onde se pretende colocá-lo e da realização do cálculo para conhecer a potência de refrigeração mais adequada para esse ambiente.

A satisfação de todos os moradores da casa vai depender, acima de tudo, da escolha do aparelho adequado, e são muitas características a analisar, além da capacidade e da potência de refrigeração.

Tamanho, nível de ruído e preço, entre outras coisas, são elementos importantíssimos e que fazem a diferença.

Para quem mora em apartamento, há algumas etapas a mais: primeiramente, é preciso verificar se o prédio permite a instalação de ar-condicionado e qual modelo. Existem apartamentos que já são preparados para a instalação da peça, por isso, é necessário consultar a administração do prédio.

Eles também poderão informar se o apartamento tem a infraestrutura e a tubulação adequadas para receber o equipamento, mas um técnico também está apto a fazer esse tipo de avaliação. Pode ser preciso fazer alguns ajustes antes de instalar o aparelho.

Outra questão é verificar a possibilidade de colocação da unidade externa na varanda ou em alguma parede do lado de fora, pois uma grande parte dos prédios não autoriza mudanças na fachada.

Também é fundamental saber se a rede elétrica da casa ou do condomínio suporta a carga de energia necessária para o funcionamento do produto, sem a ocorrência de sobrecargas.

Para Toribio Rolon, presidente do Departamento Nacional de Comércio e Distribuição da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), a recomendação é pesquisar antes de comprar.

"Hoje existem sites que espelham exatamente o histórico do produto e do suporte que lhe é dado", afirma. Segundo ele, um ponto importante é o pós-venda, ou seja, conhecer a rede de assistência do produto que será adquirido.

Rolon explica que, em residências e áreas comerciais de pequeno porte, o tipo de ar-condicionado mais utilizado são os equipamentos ditos de janela, splits ou ainda multisplits.

Apesar de as novas tecnologias custarem um pouco mais caro, ele afirma que pode valer a pena investir num bom produto, porque esses equipamentos acabam sendo mais econômicos no dia a dia.

"Compressores inverter otimizam o consumo de energia elétrica e fluidos refrigerantes com impacto zero em GWP. Existem aparelhos só frio e quente e frio. Todos esses itens podem encarecer o produto no ato da compra, mas se paga no decorrer do uso."

*Sob a supervisão de Ana Vinhas

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