Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Arrecadação de impostos alcança R$ 172,8 bi em agosto, 2º maior resultado para o mês em 28 anos

Desempenho 4% abaixo da inflação em relação ao mesmo mês do ano passado representa terceira queda real mensal dos valores embolsados pelo governo, mostra Receita

Economia|Do R7

Arrecadação recua pelo terceiro mês consecutivo
Arrecadação recua pelo terceiro mês consecutivo

A arrecadação do governo brasileiro com impostos e contribuições federais totalizou R$ 172,8 bilhões em agosto, o segundo maior resultado para o mês da série histórica, iniciada em 1995, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira (21).

O valor arrecadado corresponde a uma queda real (descontada a inflação) de 4,14% em relação ao desempenho apurado no mesmo mês do ano passado, período que marca o maior valor da série, de R$ 180,2 bilhões.

O resultado representa o terceiro mês consecutivo com embolsos abaixo daquele registrado no mesmo mês do ano passado. No período acumulado entre janeiro e agosto, a arrecadação tributária totaliza R$ 1,5 trilhão, desempenho 0,83% inferior ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no mesmo intervalo.

A sequência de quedas reais da arrecadação surge em meio ao aumento da preocupação com a capacidade do governo de elevar suas receitas para cumprir as metas previstas no projeto de arcabouço fiscal apresentado para 2024.


De acordo com o Fisco, o resultado da arrecadação em agosto foi diretamente influenciado por alterações na legislação tributária e por pagamentos atípicos de IRPJ (Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), tanto em 2022 quanto em 2023.

Compartilhe esta notícia no WhatsApp


Compartilhe esta notícia no Telegram

Sem considerar as duas contribuições, fatores vistos como "não recorrentes", haveria um crescimento real de 3,88% na arrecadação do período compreendido entre janeiro e agosto. Já o resultado mensal seria de uma queda real menor, de 1,93%.


Em agosto, o IRPJ e a CSLL totalizaram uma arrecadação de R$ 28,5 bilhões, com queda real de 23,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. O resultado foi guiado pelo decréscimo de 33,25% na arrecadação da estimativa mensal. A Receita ressalta que, em agosto de 2022, houve pagamentos atípicos de R$ 5 bilhões.

O Imposto de Importação e o IPI Vinculado à Importação apresentaram uma arrecadação conjunta de R$ 6,7 bilhões, com queda real de 16,64%, resultado atribuído às reduções de 17,9% no valor em dólar das importações e de 4,66% na taxa média de câmbio, combinadas com os aumentos de 12,48% na alíquota média efetiva do imposto de importação e de 14,67% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado.

Na contramão do resultado geral, os embolsos com o PIS/Pasep e a Cofins apresentaram um resultado 6% acima da inflação e somaram R$ 36,5 bilhões. Segundo o Fisco, a alta é resultado dos aumentos reais de 6,6% no volume de vendas e de 3,5% no volume de serviços entre julho de 2022 e julho de 2023.

Além disso, pesam a favor do resultado favorável do PIS e da Cofins a modificação da tributação incidente sobre a gasolina e o álcool e fatores atenuados pela diminuição do volume arrecadado sobre as importações e pelo acréscimo de 31% no montante das compensações tributárias.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.