Aumento do consumo das famílias brasileiras contribuiu para crescimento de 2,9% do PIB
Soma das riquezas per capita teve alta de 2,2%; Banco Mundial analisou impacto do Bolsa Família na atividade econômica
Economia|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília
O consumo das famílias brasileiras foi destaque no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), segundo o IBGE. O instituto divulgou nesta sexta-feira (1º) que a soma de todos os bens e serviços do país apresentou um crescimento de 2,9% em 2023, totalizando R$ 10,9 trilhões. O PIB per capita alcançou R$ 50.194, um avanço de 2,2% em relação a 2022.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou que as medidas adotadas pelo governo desde janeiro de 2023 foram importantes para estimular a economia e garantir emprego e renda aos mais vulneráveis.
O setor agropecuário apresentou um crescimento de 15,1%, seguido por avanços nos setores de serviços (2,4%) e indústria (1,6%). O resultado positivo foi impulsionado pela melhora nas condições do mercado de trabalho, com aumento da ocupação e da massa salarial real e com a redução da inflação. Os programas de transferência de renda do governo também contribuíram para o aumento do consumo das famílias, especialmente em alimentos e produtos essenciais não duráveis.
Um estudo do Banco Mundial analisou o impacto do Bolsa Família na atividade econômica do país, revelando que o programa não apenas reduz a pobreza, como também estimula a demanda local e o emprego. Em média, cada dólar investido no programa gera outros 2,16 dólares na economia.
Em 2023, o Bolsa Família passou por uma reestruturação e registrou o maior volume de recursos desde o início do programa. A taxa de desemprego apresentou estabilidade, alcançando a menor taxa desde 2015, indicando uma recuperação econômica consistente.