O presidente do BC (Banco Central), Ilan Goldfajn, nesta quinta-feira (7), garantiu que vai continuar atuando para prover liquidez aos mercados de câmbio e de juros "enquanto for necessário". Ele ainda afirmou que o regime de câmbio flutuante é a primeira linha de defesa do país e negou aumentar a taxa de juros Selic para controlar a cotação do câmbio.
— A política monetária é separada da política cambial, não há relação mecânica entre as duas. A política monetária olha para projeções, expectativas de inflação e balanço de riscos e não será usada para controlar taxa de câmbio.
O dólar ultrapassou a barreira de R$ 3,90 nesta quinta-feira (7). O dólar turismo chegou a ser vendido por R$ R$ 4,37 nas casas de câmbio em São Paulo.
Ilan também afirmou que o Banco Central vai oferecer US$ 20 bilhões em contratos de swaps cambiais (venda de dólar no mercado futuro) até o fim da semana que vem, podendo elevar o valor se considerar necessário.
O presidente da autoridade monetário negou que pretende deixar o cargo e afastou a possibilidade de encontros extraordinários do Comitê Política Monetária.
Temer
Em uma entrevista no final da tarde, o presidente da República Michel Temer afirmou que ue o governo tem todas as condições para enfrentar a alta do dólar.
— Não há risco de crise cambial no Brasil
Segundo Temer, o país dispõe de uma reserva de US$ 380 bilhões e uma dívida muito inferior a este valor, além de manter sob controle o ajuste fiscal e continuar recebendo investimentos de empresas estrangeiras.