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Banco Central divulga nesta terça ata do Copom com detalhes sobre a alta da taxa de juros

Documento que será publicado às 8h traz mais informações sobre a última reunião do Copom e o que deve estar na mira do BC

Economia|Do R7


Ata do Copom será divulgada às 8h Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Arquivo

O Banco Central divulgará nesta terça-feira (24) a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 10,75%. A decisão foi unânime e veio alinhada às expectativas do mercado financeiro, que projetava a elevação da Selic — a taxa estava em 10,5% ao ano. O documento traz mais detalhes sobre o que foi discutido na reunião e o que deve estar na mira do BC nos próximos meses será divulgado às 8h.

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Na reunião da última quarta-feira (18), o comitê citou o ambiente externo desafiador marcado pelo “momento de inflexão do ciclo econômico nos Estados Unidos” e “por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países”.

Segundo o Copom, a decisão foi “compatível” com a estratégia de convergência da inflação, sem causar prejuízos na estabilidade dos preços, atividade econômica e fomento do emprego.

“Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo maior do que o esperado, o que levou a uma reavaliação do hiato para o campo positivo. A inflação medida pelo IPCA cheio assim como medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, dizia o texto.


O Copom destacou ainda que “o ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo ora iniciado serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

A alta da Selic ocorreu após a indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária da instituição, para o comando do Banco Central a partir de 2025. O economista ainda deve ser sabatinado e aprovado pelo Senado para poder tomar posse.


Evolução da Selic Luce Costa/Arte R7

A taxa de 10,75% ao ano valerá ao menos pelos próximos 45 dias (contados a partir da última quarta-feira), quando os diretores do BC voltam a se encontrar para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.

Nessa segunda (23), o Banco Central divulgou mais uma edição do Boletim Focus — relatório semanal que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos.


A mediana das estimativas do mercado para a taxa Selic no fim de 2024 subiu de 11,25% para 11,5% após a decisão do Copom da semana passada, indicando que o mercado aguarda pelo menos um aumento de 0,5 ponto porcentual nos juros este ano.

Os juros no Brasil foram mantidos em 13,75% ao ano até agosto de 2023, quando se iniciou um ciclo de queda de 0,5 ponto percentual até maio deste ano, quando o ritmo de cortes foi reduzido para 0,25 ponto percentual. Em seguida, a Selic foi mantida a 10,5% ao ano por duas vezes.

Crítica

A elevação dos juros é criticada pelo governo federal e por alguns setores da economia, como a indústria. A CNI (Confederação Nacional da Indústria) disse ter recebido “com total indignação” a decisão do Copom.

Segundo a entidade, o nível da Selic antes da reunião de quarta era “mais do que suficiente” para manter a inflação sob controle. Segundo a CNI, a alta dos juros prejudicará a criação de emprego e renda para a população.

“Subir a Selic foi uma decisão totalmente equivocada do BCB. Nesse contexto, é fundamental que o BCB retome os cortes na taxa de juros quanto antes. Apenas com um ambiente de menor custo de financiamento é que as empresas conseguirão viabilizar projetos de investimento essenciais para o aumento da produtividade e da capacidade produtiva, com ganhos para o crescimento da economia”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.

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