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Banco Central prevê alta menor dos juros básicos a partir de março

Ao justificar decisão que levou a taxa Selic de volta aos dois dígitos, Copom destaca necessidade de conter a inflação

Economia|Do R7

BC elevou a Selic para 10,75% ao ano
BC elevou a Selic para 10,75% ao ano BC elevou a Selic para 10,75% ao ano

O BC (Banco Central) publicou nesta terça-feira (8) as razões que motivaram o salto de 1,5 ponto percentual que levou a taxa básica de juros de volta aos dois dígitos, a 10,75% ao ano, após quase cinco anos. No documento, os diretores da autoridade monetária citam a necessidade de conter a inflação, mas ressaltam que a próxima decisão do grupo deve resultar em uma alta menor da Selic.

"O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário de referência e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para as metas ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos-calendário de 2022 e, em grau maior, de 2023", justificam os diretores.

A partir da próxima reunião, marcada para os dias 15 e 16 de março, o Copom destaca a necessidade de reduzir o ritmo de ajuste da taxa básica de juros, em ascensão desde março do ano passado. No período, os juros saltaram de 2% para 10,75% ao ano.

"O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária", destaca o grupo.

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A percepção já é sentida também pelo mercado financeiro, que agora aposta em um aumento de 1 ponto porcentual para a Selic na próxima reunião, a 11,75% ao ano. A posição surge após a sinalização do BC de que a alta em ritmo menor do que a de 1,5 ponto percentual dos últimos três encontros "parece mais apropriada" para o momento.

Ainda assim, a ata ressalta que "irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação". "O Copom considera que, diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista", diz o documento.

A elevação da taxa de juros é o instrumento de política monetária mais utilizado para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam outras alternativas de investimento.

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