O Credit Suisse ainda acredita que o dólar tocará R$ 6,20 no curto prazo e diz não estar pronto para "jogar a toalha" sobre estratégia de preterir o real ante outras divisas emergentes, já que o mantém na lista de divisas fiscal ou politicamente expostas, classificando a moeda brasileira como "tóxica". No mundo emergente, o banco prefere rublo russo, won sul-coreano e rupia indonésia ante rand sul-africano, peso mexicano e o real. "Embora reconheçamos o avanço desse último (o real), não estamos prontos para jogar a toalha sobre essa estratégia ainda", disseram estrategistas do banco em relatório nesta quarta-feira (20).Leia mais: Por que o real é a moeda que mais perdeu ante o dólar em 2020 "Nossas visões não mudaram. Continuamos pessimistas com o real, com meta inalterada de dólar a R$ 6,20", acrescentaram. Em relatório do dia 13 deste mês, o Credit Suisse disse que via o dólar chegando ao mesmo patamar. O banco classifica o real como uma moeda "tóxica" — junto com o peso mexicano — ao citar que o peso colombiano, a despeito do recente colapso dos preços do petróleo, tem operado mais em linha com moedas "saudáveis" de exportadores de petróleo, como o rublo russo. O real tem o pior desempenho global no ano, com desvalorização nominal de 29,4% ante o dólar.