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Batata, passagem aérea e leite ficam mais caros e são vilões da inflação em maio

No ano, IPCA acumula alta de 2,27% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%, acima dos 3,69% nos 12 meses imediatamente anteriores

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Batata inglesa lidera o ranking dos vilões de maio Arquivo/Agência Brasil

A inflação oficial do país acelerou pelo segundo mês consecutivo e não deu alívio ao bolso dos consumidores. O índice variou 0,46% em maio, com alta de 3,93% nos últimos 12 meses. Entre os maiores responsáveis pelo aumento dos preços, está o grupo alimentação e bebidas (0,62%), com destaque para a batata inglesa, passagens aéreas e o leite longa vida.

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A batata inglesa liderou o ranking, com alta de 20,61% no mês. O grupo tubérculos, raízes e legumes, da qual ela faz parte, registrou um aumento de 6,33%. Outros responsáveis pela aceleração da inflação nesta categoria foram a cebola (7,94%), a cenoura (6,05%) e o pepino (1,68%).

O gerente da pesquisa, André Almeida, observa que a mudança das safras é um dos fatores relacionados ao aumento do tubérculo. “Em maio, com a safra das águas na reta final e um início mais devagar da safra das secas, a oferta da batata ficou reduzida. Além disso, parte da produção foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, que é uma das principais regiões produtoras”, explicou.

Passagens aéreas mais caras

O grupo de transporte público cresceu 1,45% em maio e foi impactado principalmente pelos preços da passagem aérea, que tiveram alta de 5,91%. Em janeiro, este foi o subitem com maior impacto individual no índice (-15,24%). No ano passado, os bilhetes aéreos haviam puxado a inflação para cima, com alta de 47,24% entre janeiro e dezembro de 2023.

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Leite longa vida

O grupo leite e derivados subiu 1,97% no mês, com destaque para o aumento do leite longa, que teve alta de 5,36%.

No ano, o IPCA acumula alta de 2,27% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%, acima dos 3,69% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. O teto da meta estabelecida pelo governo é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em maio de 2023, a variação foi de 0,23%.

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Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em maio. Apesar de o grupo alimentação e bebidas ter registrado o maior impacto no mês (0,13 ponto percentual), o segmento saúde e cuidados pessoais teve a maior alta (0,69%) na comparação com abril.

O resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%) e pelos itens de higiene pessoal (1,04%), com destaque para as altas do perfume (2,59%) e do produto para pele (2,26%).

Preço dos combustíveis

No mês passado, entre os combustíveis (0,45%) pesquisados, etanol (0,53%), gasolina (0,45%) e óleo diesel (0,51%) tiveram alta, enquanto gás veicular (-0,08%) foi o único a registrar recuo nos preços.

Inflação por região

Quanto aos índices regionais, todas as regiões, com exceção de Goiânia (-0,06%), tiveram alta em maio. A maior variação foi registrada em Porto Alegre (0,87%), influenciada pelas altas da batata inglesa (23,94%), gás de botijão (7,39%) e gasolina (1,80%).

Moradores de São Luís, Belo Horizonte, Aracaju, Salvador, Fortaleza, Vitória e Curitiba também sentiram impacto mais forte dos preços em maio, já que tiveram reajustes acima da média brasileira.

Já o menor resultado – depois de Goiânia – foi registrado em Belém (0,13%).

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 1º de maio e 29 de maio de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de março a 30 de abril de 2024.

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