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BC não vai procurar ‘meio do caminho’ para juros, não vai flexibilizar, afirma Galípolo

Presidente do BC reforça compromisso com meta de inflação e diz que instituição não cederá a pressões por flexibilização nos juros

Economia|Do Estadão Conteúdo

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Galípolo disse que nem ele nem seus antecessores tiveram satisfação em ver juros altos Bruno Spada / Câmara dos Deputados - 09.07.2025

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, garantiu nesta quarta-feira (9) que a autoridade monetária não procurará um meio do caminho para a determinação do nível dos juros.

“O BC não vai flexibilizar. O mandato do BC é o de cumprir a meta. O Banco Central não vai flexibilizar, não vai tergiversar. Este é o mandato do Banco Central, e o Banco Central não vai se desviar um milímetro dele”, assegurou.


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A declaração aconteceu durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

Galípolo disse ter a convicção de que nenhum de seus antecessores ou membros da diretoria da instituição tem satisfação em ver juros altos.


“Tenho absoluta convicção de que nenhum presidente do Banco Central, que se sentou no lugar que me sento hoje, não tem qualquer satisfação pessoal [em relação à alta dos juros]”, apontou.

Galípolo também afirmou que a ideia que a inflação está controlada não é subjetiva.


“Há um comando legal, a meta é 3%. Quando eu digo isso, eu não digo isso para não defender a meta, eu estou defendendo a meta”, declarou.

Proteção do poder aquisitivo

Para ele, admitir conforto com que a moeda perca mais valor ano a ano tem um efeito muito ‘deletério’ (prejudicial). E esse efeito acaba se transformando em corrosão dos ganhos das pessoas.


“O Banco Central é a última linha de defesa que existe”, enfatizou, sobre a importância de defender o poder aquisitivo das pessoas.

O presidente do BC enfatizou em sua fala aos deputados que os passivos dos bancos são muito mais sensíveis à Selic do que os ativos e que, ao contrário do que se pensa de forma mais simples não são estas as instituições que mais compram títulos públicos.

Ele apontou os fundos como os maiores detentores. Mais uma vez ele voltou a defender o real e salientou que nenhum investidor buscará comprar dívida, por exemplo, que esteja denominada em uma moeda que perde 15% ao ano.

A ilustração foi feita para que os parlamentares entendam a importância de o BC ser firme com a inflação e com o mercado de câmbio flutuante.

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