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BC reduz taxa básica de juros ao menor patamar desde abril de 2013

Decisão unânime do Copom cortou a Selic em 0,75 ponto percentual

Economia|Alexandre Garcia, do R7

BC cortou os juros pela nona vez seguida
BC cortou os juros pela nona vez seguida BC cortou os juros pela nona vez seguida

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) reduziu o ritmo e cortou a taxa básica de juros da economia brasileira em 0,75 ponto percentual. A decisão pelo nono corte consecutivo da Selic levou a taxa a 7,5% ao ano, menor patamar desde abril de 2013.

A nova taxa fica em vigor até a primeira semana de dezembro, quando o grupo volta a se reunir. 

Com o corte desta quarta-feira (25), a Selic acumula uma baixa de 6,75 ponto percentual no período de um ano. Quando a sequência de reduções teve início, em setembro do ano passado, a taxa de juros figurava no patamar de 14,25% ao ano.

A sequência de nove baixas seguidas dos juros não era vista na economia nacional desde outubro de 2012, quando a taxa chegou ao patamar de 7,25% ao ano após o processo de 10 cortes seguidos, iniciado em agosto de 2011, quando a taxa era de 12,5% ao ano.

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Nova taxa de juros derruba rentabilidade da poupança

O veredito foi tomado mais uma vez por unanimidade. Além do presidente do BC (Banco Central), Ilan Goldfajn, votaram a favor do corte Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Sérgio Neves de Souza, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.

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Na nota em que justifica o corte de 0,75 ponto percentual, o Copom afirma que a decisão leva em conta o fato de que os indicadores econômicos mostram "sinais compatíveis com a recuperação gradual da economia brasileira".

"O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2018 e 2019, é compatível com o processo de flexibilização monetária", destaca.

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O comunicado ainda diz que os processo de reformas e ajustes econômicos contribuiu para a queda dos juros. "O Copom ressalta que o processo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação", finaliza o texto ao comentar a tendência futura da Selic.

A decisão atende às expectativas do mercado financeiro, que apostava em uma redução no ritmo de cortes da Selic após quatro reduções seguidas de 1 ponto percentual. O grupo de economistas ouvidos semanalmente pelo BC aposta que os juros básicos da economia devem terminar 2017 no patamar de 7% ao ano. O Copom se reúne somente mais uma vez neste ano, nos dias 5 e 6 de dezembro.

Agora, o BC divulga na terça-feira da semana que vem (12) as explicações detalhadas das motivações que resultaram no corte de 0,75 ponto percentual dos juros.

Juros básicos

A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

Em linhas gerais, a Selic é taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%. Isso acontece porque os juros mais altos fazem o crédito ficar mais caro, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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