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BC vê 'ritmo apropriado' com expectativa de cortes de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros

Ata da reunião que derrubou a Selic de 11,75% para 11,25% ao ano cita cenário internacional mais desafiador e volátil

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

BC indica ritmo de cortes da Selic
BC indica ritmo de cortes da Selic Ueslei Marcelino/Reuters - 23.09.20215

O Banco Central divulgou nesta terça-feira (6) a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) referente à reunião da semana passada, quando cortou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, de 11,75% para 11,25% ao ano. No documento, o BC manteve a expectativa de cortes nas próximas reuniões do colegiado.

"Os membros do comitê concordaram unanimemente com a expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", diz o texto.

Este foi o quinto corte seguido, acompanhando a sequência de quedas iniciada em agosto de 2023. O novo patamar da Selic é o menor desde fevereiro de 2022.

A avaliação considerou que a taxa Selic é o principal instrumento da política monetária para determinar a inflação na economia brasileira. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e desestimulam novas opções de investimento.


Na ata, o Copom citou um cenário internacional mais "volátil" e "desafiador, marcado por "renovadas tensões geopolíticas e pelo debate sobre o início do processo de flexibilização da política monetária nas principais economias".

"A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, expectativas de inflação com reancoragem apenas parcial e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária", informa o BC.


Além disso, a instituição ressaltou que a inflação de serviços no Brasil demonstra "resiliência", em grande parte em função da queda do desemprego e do aumento dos salários. 

"O Comitê ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; e (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado."

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