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Black Friday aumenta risco de ataques cibernéticos e fraudes digitais contra empresas

Aumento das transações e do volume de dados trocados torna período ainda mais propício a golpes e fraudes

Economia|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Especialistas alertam para o aumento de fraudes e ataques cibernéticos durante a Black Friday.
  • O crescimento nas transações e troca de dados torna consumidores e empresas alvos mais fáceis.
  • A Inteligência Artificial facilita a criação de fraudes mais realistas, como deep fakes.
  • 79% das empresas relatam maior exposição a ataques cibernéticos em comparação aos anos anteriores.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Consumidores e comerciantes devem redobrar atenção no período Marcello Casal Jr/AgênciaBrasil/Arquivo

Especialistas alertam que a Black Friday, que ocorre nesta sexta-feira (28), pode aumentar o número de fraudes e ataques cibernéticos contra empresas.

O crescimento no volume de transações e no tráfego de informações torna empresas e consumidores alvos mais fáceis em meio à avalanche de promoções.


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Segundo Camilla Jimene, head do contencioso digital e sócia do Opice Blum Advogados, a evolução dos crimes, que agora contam com o auxílio da IA (Inteligência Artificial), torna os golpes cada vez mais realistas.

“Hoje, vemos diferentes tipos de fraudes. A mais recente usa IA para reproduzir de forma extremamente realista a imagem e a voz de executivos em vídeos falsos, o que chamamos de deep fake, com o objetivo de dar credibilidade para anúncios e sites fraudulentos, direcionando consumidores para páginas que aplicam golpes”, explica Camilla Jimene.


A pesquisa “Riscos Cibernéticos – A percepção das lideranças brasileiras e práticas adotadas” apontou que 79% das empresas afirmam estar mais expostas a ataques cibernéticos do que em anos anteriores.

“Com base no monitoramento web recorrente que fazemos para clientes de diversos setores, observamos padrões que se repetem durante as campanhas de Black Friday”, explica Danielle Serafino, sócia do Opice Blum Advogados.


E o alerta não vale apenas para os comerciantes, já que os consumidores também são vítimas em potencial.

Os golpes

Entre os mais comuns estão:


  • Phishing — quando dados são roubados por meio de mensagens ou sites falsos;
  • Ransomware — que bloqueia sistemas e exige pagamento de resgate para liberar as informações.

Também aumentam as fraudes financeiras, como boletos falsos, clonagem de cartões e uso indevido de dados pessoais.

Sinais de alerta

  • Sites falsos que prometem descontos de até 80% e não entregam o produto;
  • Quizzes e páginas que cobram apenas o frete via PIX para “liberar” brindes — um golpe emergente;
  • Grupos no WhatsApp que divulgam ofertas com preços muito abaixo do mercado, frequentemente envolvendo produtos falsificados ou pirateados;
  • Perfis falsos em redes sociais que usam nomes e logotipos de marcas e impulsionam postagens para atrair vítimas;
  • Anúncios pagos com palavras-chave oficiais que redirecionam para páginas fraudulentas, geralmente com pagamento exclusivo via PIX.

“Esses sinais permitem que equipes preventivas, incluindo o time jurídico, atuem de forma priorizada, com medidas como remoção de anúncios, bloqueio de domínios e ações imediatas contra fraudes”, complementa Danielle.

O monitoramento web preventivo, prática recomendada pelos especialistas, realiza varreduras contínuas em redes sociais, marketplaces, domínios e canais públicos de mensagens.

“Também foram mapeados padrões operacionais dos golpistas, como o uso de variações do nome da marca, termos de campanha (‘Black Friday’, ‘Pink Friday’) e pagamento exclusivo via PIX, o que dificulta a recuperação dos valores, por se tratar de um meio de pagamento instantâneo”, finaliza Camilla.

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