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BNDES aprova R$ 257,9 milhões para desenvolver combustíveis renováveis a partir da macaúba

Centro de inovação será instalado em Montes Claros (MG) e terá capacidade para germinar 1,7 milhão de sementes da planta por mês

Economia|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

BNDES aprova R$ 258 milhões para desenvolver combustíveis renováveis a partir da macaúba
Desenvolver combustíveis renováveis Divulgação/Leandro Lobo/Embrapa - Arquivo

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou um financiamento de R$ 257,9 milhões para a criação de um centro de inovação tecnológica voltado à pesquisa e ao desenvolvimento da macaúba, uma planta nativa brasileira com alto potencial energético. Esse projeto faz parte de uma iniciativa da Acelen, empresa de energia, com o objetivo de produzir diesel renovável e combustível sustentável de aviação (SAF), conhecido como o “combustível do futuro”.

Este é o primeiro financiamento do BNDES direcionado ao desenvolvimento do SAF no Brasil. O investimento será utilizado na construção do Acelen Agripark, um centro de pesquisa para, segundo o banco de fomento, aumentar a produtividade e a competitividade do setor, com grande potencial de exportação.

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O projeto envolve o desenvolvimento de novas mudas de macaúba, a seleção das variedades mais produtivas em termos de óleo, e a criação de um banco de germoplasma. A tecnologia aplicada permitirá a escolha das melhores plantas para produção de sementes, clonagem e melhoramento genético.

O centro de inovação será instalado em Montes Claros (MG) e terá capacidade para germinar 1,7 milhão de sementes por mês, além de produzir 10,5 milhões de mudas de macaúba por ano. A localização foi escolhida pela infraestrutura disponível e pela proximidade com as áreas de cultivo natural da planta. O projeto também prevê a criação de 240 empregos diretos na nova unidade.


O projeto será executado em terras degradadas desde 2007, e a agricultura familiar será responsável por 20% da produção de combustíveis, beneficiando mais de 10 mil famílias. Além disso, o cultivo de 180 mil hectares de macaúba está previsto para ocorrer em Minas Gerais e na Bahia, com expectativa de geração de mais de 90 mil empregos e a captura de aproximadamente 60 milhões de toneladas de CO2.

Com um investimento total de US$ 2,7 bilhões, o projeto poderá produzir até 20 mil barris diários de combustível renovável, posicionando o Brasil como um líder global na transição energética e na descarbonização.


Macaúba

A macaúba (nome científico Acrocomia aculeata) é uma espécie de palmeira encontrada em quase todo o Brasil. Conhecida também pelos nomes de bocaiúva, macaiba, coco-baboso e coco-de-espinho, ela alcança até 25 metros de altura. Atualmente, são desenvolvidas pesquisas com a macaúba para a produção de biodiesel, combustível feito a partir de óleos vegetais.

De acordo com o estudo intitulado “A nova cadeia produtiva da macaúba para bioprodutos e descarbonização”, realizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), “os óleos de polpa e de amêndoa de macaúba podem ser transformados em bioquerosene via rota certificada pela associação americana de normas e padrões”.





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