A bolsa de valores abriu em queda na manhã desta quinta-feira (17). Às 10h08, o Ibovespa, principal indicador acionário do mercado nacional, caía 0,11%, a 99.569,73 pontos, em meio a um ambiente mais avesso a risco nos mercados externos, onde agentes financeiros ainda repercutem sinalizações aquém das expectativas do Federal Reserve na véspera.
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Um número acima do esperado para os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, embora desacelerando frente à semana anterior, corroborava o viés de baixa, assim como o de início de construção de novas moradias no país.
Da cena local, o Banco Central manteve a taxa Selic no piso histórico de 2%, após nove cortes seguidos, e, em comunicado sem grandes novidades quanto à política monetária, reconheceu que a inflação deve acelerar no curto prazo.
"Continuamos esperando que o Copom mantenha a taxa Selic inalterada na próxima reunião... e condicione novos cortes de juros à trajetória fiscal e à mudança nas expectativas de inflação de longo prazo", afirmou o analista de mercados emergentes do Julius Baer, Mathieu Racheter.
Nesse contexto, permanece também o foco dos investidores do mercado brasileiro no cenário fiscal do país. Na véspera, o presidente Jair Bolsonaro autorizou o relator do Orçamento a incluir na proposta orçamentária de 2021 a criação de um programa social com a mesma função do Renda Brasil.
O dólar abriu esta quinta-feira (17) em alta contra o real, devolvendo parte das perdas da véspera à medida que os operadores reagiam à decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a taxa Selic na mínima histórica de 2%, conforme o esperado pelos mercados, enquanto uma mensagem decepcionante do Federal Reserve abalava o apetite por risco no exterior.
Às 9h06, o dólar avançava 0,50%, a R$ 5,2670 na venda, enquanto o contrato mais líquido de dólar futuro ganhava 0,46%, a R$ 5,624.