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Bolsa recua com exterior ruim e BC defendendo "atuação firme" contra inflação

Ações brasileiras amanhecem em queda; prévia da inflação volta a ganhar força

Economia|Do R7

BC não deve baixar tanto os juros, diz ata do Copom
BC não deve baixar tanto os juros, diz ata do Copom

A bolsa de valores brasileira recuava nesta terça-feira (26), chegando a perder o patamar dos 115 mil pontos na mínima, em meio a um ambiente externo desfavorável a ativos de risco, enquanto o Banco Central no Brasil defendeu "atuação firme" para baixar inflação, com diretores divergindo sobre a dinâmica de preços no país.

Às 10:40, o Ibovespa caía 0,6%, a 115.225,24 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 115.922,45 pontos. Na mínima, a 114.979,57 pontos. O volume financeiro somava R$ 3,6 bilhões.

"A aversão ao risco ainda se faz presente nos mercados internacionais neste início de terça-feira, ainda sob a perspectiva de que os juros americanos permanecerão em níveis elevados por (muito) mais tempo do que se imaginava antes", afirmou a Ágora Investimentos em relatório a clientes.

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"Tal ambiente, aliado à errática 'recuperação' da economia chinesa - que voltou ao radar, após novos sinais de problemas no setor imobiliário – e a possível paralisação do governo americano impedem uma visão mais construtiva dos investidores, ao menos no curto prazo, penalizando a renda variável."


Nos Estados Unidos os pregões abriram em queda, mesmo sinal que prevalecia nos negócios na Europa e dominou o fechamento das bolsas na Ásia.

No Brasil, o Banco Central defendeu uma "atuação firme" para reduzir as expectativas de inflação na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que também apontou uma divergência entre diretores da autoridade monetária em relação à dinâmica de preços, principalmente no setor de serviços.


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O documento é referente à decisão do Copom da semana passada, quando a Selic foi reduzida novamente em 0,50 ponto, para 12,75% ao ano.

"A nosso ver, a ata reforça nosso cenário de (cortes) de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões, com a taxa Selic encerrando 2023 em 11,75%", afirmou o economista-chefe da XP, de Caio Megale, em comentário a clientes.

"Como dissemos em nosso último Brasil Macro Mensal publicado na semana passada, vemos a política fiscal expansionista como uma restrição para um afrouxamento monetário muito mais profundo em 2024, se o Copom realmente pretender atingir a meta de 3,0% nos próximos anos", acrescentou.

A agenda doméstica ainda mostrou que a inflação medida pelo IPCA-15 de setembro acelerou para 0,35%, pressionada pelo aumento dos preços da gasolina, com a taxa em 12 meses chegando a 5,0%. Projeções compiladas pela Reuters apontavam alta de 0,38% no mês e de avanço de 5,01% em 12 meses.

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