Brasil é o quinto país com a maior desigualdade de renda no mundo, mostra relatório
Levantamento aponta que 10% dos brasileiros no topo da pirâmide de rendimentos per capita capturam 59,1% da renda nacional
Economia|Do R7
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O Brasil ocupa o quinto lugar entre 216 países em um novo relatório global sobre a desigualdade de renda. Segundo o estudo, 10% dos brasileiros no topo da pirâmide de rendimentos per capita capturam 59,1% da renda nacional, enquanto a metade mais pobre fica com apenas 9,3%. O levantamento da terceira edição do Relatório da Desigualdade Global, realizado pela rede do World Inequality Lab, da escola de economia de Paris, coloca o país atrás somente da África do Sul, Colômbia, México e Chile.
Para Denis Medina, economista e professor da Faculdade do Comércio, os dados mostram uma realidade que já é sentida no dia a dia de milhares de pessoas, principalmente na América Latina, onde estão localizados quatro dos cinco países citados no topo. Ele explica que quase metade da população ainda vive com auxílios do governo, sendo necessárias melhores condições de trabalho, com vagas mais atrativas e valorização dos trabalhadores para uma mudança do cenário.

“Não é que tem gente muito rica simplesmente, é que a gente tem uma população de pessoas muito pobres. Tem muitas pessoas precisando de auxílio, muitas pessoas dependendo de ajuda do governo para poder se sustentar, para poder manter dignidade. E isso, de certa forma, prejudica enormemente, contribui cada vez mais com esse relatório demonstrando essa desigualdade”, comenta o economista em entrevista ao Conexão Record News desta quarta-feira (10).
No entanto, Medina pontua que a mudança não vem tão facilmente, com a necessidade de políticas públicas de longo prazo, com o investimento em empregos, atração de empresas internacionais e na educação, sendo elas algumas opções que podem mudar a situação do país no futuro. Ele ainda destaca que medidas do tipo, geralmente anunciadas com a chegada do ano eleitoral, devem ser mais amplas e saírem de políticas de governo para decisões de Estado.
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“A gente precisa dar a lição de casa aqui, que é melhorar nossa mão de obra, qualificar melhor nossa mão de obra com produtividade e educação, e ao mesmo que simultaneamente atrair mais investimento para geração de emprego e renda e mais uma série de questões, mas esses dois já seriam um passo que demonstra que nós somos uma nação que quer crescer, que quer sair dessa desigualdade, quer melhorar as condições da população em geral”, conclui.
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