Brasil terminou abril com número recorde de 102,1 milhões de trabalhadores, diz Ipea
Dados foram calculados a partir da série trimestral da Pnad Contínua, do IBGE; taxa de desocupação caiu em relação a abril de 2023
Economia|Beatriz Oliveira*, do R7, em Brasília
Um estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta sexta-feira (21) mostrou que em abril deste ano 102,1 milhões de trabalhadores contribuíram para a economia brasileira, sendo o maior valor já registrado no país. A estimativa do órgão foi feita com base na série trimestral da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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Ainda segundo o estudo, a taxa de desocupação no Brasil em abril foi estimada em 6,8%, com queda de 1,2% em relação ao mesmo período de 2023. Sem sazonalidade, ou seja, sem considerar variações sazonais típicas em determinados períodos do ano, o número alcançou 6,9%, o menor registrado desde setembro de 2014. O aumento da população ocupada gerou a redução do desemprego, que teve registro de 7,5% no primeiro trimestre de 2024 de acordo com o IBGE.
De acordo com os autores da pesquisa, a queda da desocupação é consequência da aceleração da criação de empregos. A Pnad Contínua mostra que o mercado formal está em crescimento. Nos últimos 12 meses, a taxa da população empregada com algum tipo de registro aumentou 4,4%. Já o número de trabalhadores informais cresceu apenas 1%.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, o setor privado gerou 958,4 mil vagas com carteira assinada de janeiro a abril, registrando uma aceleração de 33,4% em relação ao mesmo período de 2023. O saldo de empregos registrado nos últimos 12 meses ultrapassou 1,7 milhão, de forma a aumentar o volume de trabalhadores formais em 3,8%.
O IBGE também aponta que houve um crescimento de 6,2% na população empregada com mais de 60 anos. Em termos de escolarização, os trabalhadores apresentam maior grau de instrução. O grupo com ensino superior aumentou 5,6%, enquanto a parcela com ensino fundamental incompleto teve baixa de 2,8%.
*Sob supervisão de Fausto Carneiro