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Café: China habilita 183 empresas brasileiras para exportação

Brasil precisa encontrar alternativas ao mercado norte-americano, principal comprador do grão

Economia|Do Estadão Conteúdo

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • A China habilitou 183 empresas brasileiras para exportar café.
  • A autorização da GACC tem validade de cinco anos e começou a valer em 30 de agosto.
  • O Brasil é o 14º maior fornecedor de café para a China, com exportações incipientes.
  • A Luckin Coffee, maior rede de cafeterias da China, planeja comprar 240 mil toneladas de café brasileiro até 2029.

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Consumo de café tem crescido na China, mas ainda é distante do resto do mundo Reprodução - via Jornal de Brasília

A China habilitou 183 empresas brasileiras aptas a exportar café para o país, informou a Embaixada da China no Brasil em publicação na rede social X. A autorização concedida pela GACC (Administração-Geral das Alfândegas da China) entrou em vigor na última quarta-feira (30) e tem validade de cinco anos, segundo a embaixada. A publicação foi compartilhada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Apesar da medida, a exportação brasileira de café para a China ainda é incipiente. Em 2024, o país foi o 14º maior comprador dos grãos brasileiros, com 55,9 mil toneladas e receita de US$ 216,282 milhões (aproximadamente R$ 1,1 bilhão), conforme dados do Agrostat, sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro gerido pelo governo federal.


No primeiro semestre deste ano, as vendas de café brasileiro para o país asiático somaram 31,5 mil toneladas, com receita de US$ 196,975 milhões (aproximadamente R$ 1,09 bilhão).

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Os Estados Unidos, principal país importador do café brasileiro, compraram 471,5 mil toneladas do produto em 2024 e 190,7 mil toneladas no primeiro semestre deste ano.


Na última semana, a Embaixada da China já havia destacado o crescimento das importações líquidas de café entre 2020 e 2024. O volume importado aumentou 13,08 mil toneladas no período, com alta de 6,53 vezes no período. As publicações ocorrem em meio à escalada comercial entre Estados Unidos e Brasil, após a confirmação de tarifa total de 50% sobre o café brasileiro, com vigência a partir de 6 de agosto.

O país asiático também é citado pelos exportadores brasileiros do grão como um possível destino para redirecionamento das vendas, dado que as exportações aos EUA podem cessar caso a sobretaxa de 50% se concretize.


O setor cafeeiro nacional vê potencial de expansão das vendas do grão para a China, dado o crescimento do consumo da bebida no país, que ainda tem consumo per capita inferior à média mundial. Devido ao hábito de consumo de chás, o consumo per capita de café dos chineses ainda é de apenas 16 xícaras por ano, frente à média global de 240.

No ano passado, a Luckin Coffee, rede chinesa de cafeterias, firmou memorando de entendimento com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) no qual prevê a compra de aproximadamente 240 mil toneladas de café brasileiro pela entre 2025 e 2029. Esse volume exportado deve gerar receita de US$ 2,5 bilhões.


A Luckin Coffee é a maior rede de cafés da China, com mais de 22 mil lojas no país, e é a principal importadora de café brasileiro no país, tanto café verde quanto grão especial do Brasil.

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