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Candidato de Trump é eleito e BID terá 1º presidente americano

Eleição de Mauricio Claver-Carone quebra uma tradição de 60 anos de ter um nome da América Latina na chefia do banco

Economia|Do R7, com informações da Agência Estado

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Os países que compõem o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) elegeram neste sábado (12) o americano Mauricio Claver-Carone para presidir a instituição, quebrando uma tradição de 60 anos de ter um nome da América Latina na chefia do banco.

A Argentina, europeus e o México chegaram a articular um boicote à eleição do americano, que foi frustrado após movimentos de bastidor do governo dos Estados Unidos para desmobilizar a resistência a Carone.

Desde a criação do BID, em 1959, a presidência do principal banco de desenvolvimento para a América Latina ficou com um dos países da região. Por já serem os maiores acionistas, os EUA costumam ficar de fora do rodízio de presidentes do banco.

Na sexta-feira, depois que o México desistiu da tentativa de adiar a eleição, os argentinos retiraram a candidatura à presidência do banco e Claver-Carone passou a ser o único candidato para a eleição, que aconteceu neste sábado.


O mandato do presidente do BID, que é visto como um representante da América Latina em Washington, é de cinco anos. O atual presidente, Luis Alberto Moreno, foi eleito em 2005 e reeleito em 2010 e, novamente, em 2015.

Claver-Carone assume em outubro a presidência da instituição. Sua indicação atropelou o desejo do Brasil, que vinha trabalhando por uma candidatura própria e esperava ter o apoio dos EUA na disputa. O posto era visto pelo Ministério da Economia como uma forma de ganhar influência na região. Em junho, no entanto, os EUA surpreenderam ao anunciar a candidatura própria e o Brasil apoiou a Casa Branca. 

Diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Claver-Carone é responsável pela retórica anti-socialista e pela política mais linha dura do governo Trump com relação a Cuba, Venezuela e Nicarágua. Ele foi eleito com 66,8% do capital votante e apoio de 23 países da região.

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