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Com Copa, supermercado terá maior procura por carnes na Black Friday

Estudo mostra que cinco em cada dez consumidores pretendem gastar mais nos supermercados; churrasco deverá ser destaque

Economia|Do R7

Churrasco deverá ser destaque nas vendas dos supermercados durante Black Friday
Churrasco deverá ser destaque nas vendas dos supermercados durante Black Friday

Os supermercados estimam aumento da procura por carnes em 17% em relação ao ano passado, durante aBlack Friday. A data, que é celebrada na última sexta-feira de novembro, coincide neste ano com o período da Copa do Mundo, que começa no próximo dia 20 e vai até 18 de dezembro. 

Mais uma vez, o churrasco deverá ser o destaque nas vendas, além de alimentos, bebidas e artigos de higiene e limpeza. Com isso, o consumo nos supermercados deve crescer 9% na Black Friday 2022 em relação à do ano passado.

O cálculo faz parte de um estudo elaborado pelo departamento de economia da Apas (Associação Paulista de Supermercados), com base em pesquisa realizada pela Shopper Experience.

O levantamento mostra que, dos consumidores que vão aproveitar a data, 83% planejam comprar itens nos supermercados durante a Black Friday. Em 2021, 76% compraram durante a promoção. 


Os itens mais procurados nos supermercados durante a Black Friday

O valor médio a ser gasto nos supermercados durante a Black Friday 2022 está estimado em R$ 564,87. Ainda segundo a pesquisa, cinco em cada dez consumidores pretendem gastar mais nas promoções deste ano.

Entre os empresários, muitos estão otimistas. Mais da metade, 56%, espera um crescimento real nas vendas durante a Black Friday. A data representa o segundo maior volume de comercialização para os supermercadistas, e perde apenas para o movimento proporcionado pelas festas de fim de ano.


Para a Apas, o aumento do emprego e da renda deve se refletir no consumo. “Tais fatores geram otimismo entre os empresários e os consumidores. Devemos experimentar um aquecimento econômico antes da Black Friday, que aumentará o movimento nas lojas”, afirma Diego Pereira, economista da Apas.

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Queda do preço das carnes

O alívio no preço da carne também deve ser outro atrativo para atrair o consumidor. A proteína animal registrou queda em setembro pelo quarto mês consecutivo (-0,72%), de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A variação negativa mais intensa do que as apuradas nos meses de junho (-0,62%), julho (-0,21%) e agosto (-0,53%) é motivada pelo barateamento de 13 dos 18 cortes pesquisados mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


Na passagem de agosto para setembro, as quedas mais significativas foram verificadas na carne de carneiro (-2,9%), no lagarto (-1,9%), na costela (-1,5%), na alcatra (-1,4%), no chã de dentro (-1,2%), no acém (1,2%) e na picanha (-1,1%). Também ficaram menos salgados o músculo (-0,8%), o cupim (-0,6%), a carne de porco (-0,6%), o lagarto redondo (-0,4%), o fígado (-0,2%) e o patinho (-0,03%).

"A redução da cotação internacional do milho, na ordem de 5,6%, e da soja, em 3,6%, nos últimos seis meses, acaba refletindo no custo de produção das proteínas animais, que, desde julho, vêm apresentando queda dentro dos supermercados", explica o economista da Apas.

Segundo ele, a tendência continua nos próximos meses, "já que o consumo dos bovinos se mantém retraído, em decorrência do efeito da substituição que ocorreu naquele primeiro momento da pandemia, quando muitos consumidores acabaram migrando para os suínos, que representam uma deflação acumulada em torno de 6% desde o início do ano", acrescenta Diego Pereira. 

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