Comer fora de casa fica até 27% mais caro em dois anos
Preço médio cobrado por quilo de alimento em restaurantes de SP saltou de R$ 52,98 para R$ 65,22 desde janeiro de 2020, diz Procon
Economia|Do R7
No momento em que parte dos trabalhadores retorna ao escritório devido ao arrefecimento da pandemia, o horário de almoço reserva uma surpresa amarga para o bolso. Nos últimos dois anos, o ato de comer fora de casa na cidade de São Paulo ficou até 27% mais caro, aponta levantamento do Procon.
De acordo com a pesquisa, a maior variação observada entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2022 foi encontrada no preço médio do self-service à vontade, que passou de R$ 28,06 para R$ 35,90.
Na sequência, aparece a tradicional refeição por peso, com cada quilograma consumido comercializado por, em média, R$ 65,22. Há dois anos, o valor figurava em R$ 52,98. A variação, de 23,1%, equivale a um aumento de R$ 4,90 para uma refeição de 400 gramas.
A partir de outubro do ano passado, o estudo do Núcleo de Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor traz os dados do preço cobrado pelos pratos do dia e executivos de frango, opções mais em conta para o bolso.
No período de quatro meses, o valor médio para adquirir o executivo de frango nos restaurantes da capital paulista saltou 8,9%, de R$ 27,98 para R$ 30,48. Por outro lado, o prato feito ficou 3% mais em conta ao passar de R$ 23,90 para R$ 23,19.
Regiões
O estudo aponta ainda a diferença de preço entre as regiões da cidade de São Paulo. Enquanto a zona norte tem o menor preço médio para a refeição em self-services por quilo (R$ 57,63) ou à vontade (R$ 27,41) e executivo de frango (R$ 25,08), o prato feito mais em conta é vendido na zona leste (R$ 19,52).
Na contramão, os maiores valores médios estão nas zonas sul e oeste. Entre os estabelecimentos pesquisados, a maior diferença foi encontrada no executivo de frango, que sai por cerca de R$ 38,69 na zona sul, preço 54,3% superior ao da zona norte.
Já a zona oeste tem as maiores cobranças para a refeição por quilo (R$ 67,92) e o prato feito (R$ 27,30). Os valores médios são, respectivamente, 17,8% e 39,9% maiores que os encontrados nas regiões mais baratas para os mesmos modelos de consumo.
Para fazer o levantamento, o Procon-SP afirma ter visitado 350 estabelecimentos, definidos em pesquisa anterior. No entanto, houve a necessidade de substituir 17 restaurantes para manter amostra equivalente, devido aos reflexos da pandemia.