Compare preços e veja se você paga muito pela internet pré-paga
Pesquisa feita pelo R7 mostra que preço do MB pode variar 500% de uma empresa para outra
Economia|Fernando Mellis, do R7
Se você é cliente pré-pago e já está cansado de receber aquelas mensagens avisando que a franquia de internet do seu smartphone acabou, talvez seja a hora de pensar em um pacote mais adequado.
Para ajudar, o R7 fez um levantamento de preços com as quatro maiores operadoras do País (Claro, Oi, TIM e Vivo). O resultado é gritante: o preço do megabyte pode ser até cinco vezes mais caro de uma empresa para outra.
Quando você simplesmente usa a internet pré-paga no smartphone, gasta todos os dias e paga bem mais caro: em média, R$ 0,06 por megabyte navegado (ver arte abaixo). Nesse caso, os pacotes diários são os que menos compensam, principalmente porque, na maioria dos casos, acabam rapidamente.
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Mas se você fechar pacotes mais longos — semanais ou mensais — o preço do megabyte navegado. Por exemplo, se você contratar um pacote de 600 MB da Vivo, com duração de 30 dias, cada megabyte vai custar R$ 0,04. A economia em relação ao pacote diário é de 37%.
Todas as operadoras seguem essa linha: quanto maior o pacote, mais barato o valor do megabyte. A TIM, cujas ofertas são um pouco diferentes das demais, é a que oferece os menores preços. Entre o pacote mais barato (TIM, 200 MB/dia) e os mais caros (Claro e Vivo, 15 MB/dia), a diferença de preço por MB chega a quase 500%.
Os pacotes pesquisados navegam em 3G e 4G (se o aparelho suportar essa tecnologia). Mas nem sempre a velocidade prometida é que a que você vai utilizar. Isso porque o sinal pode ser prejudicado em locais com aglomeração de pessoas ou onde haja algum tipo de barreira física, como prédios, montanhas.
Melhor internet
Um relatório recentemente divulgado pela empresa OpenSignal classificou as melhores operadoras brasileiras no quesito internet móvel. Em primeiro lugar, aparece a Claro, que venceu em velocidade, cobertura 4G e menor tempo de falta de conexão.
A Vivo ficou em segundo lugar. O 3G da TIM é o terceiro melhor, mas o 4G fica em quarto lugar, perdendo para a Oi. No site da OpenSignal, é possível conferir a cobertura e velocidade média de determinadas regiões.
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Mudança de perfil
Quase 210 milhões de linhas (74,61% do mercado de telefonia móvel) são pré-pagas hoje no Brasil. Muitos desses clientes ficaram revoltados com a decisão das operadoras de cortar a internet após o término da franquia. A disputa foi parar na Justiça e hoje os contratos já preveem que o consumidor compre um pacote adicional.
Paralelamente, as operadoras também ampliaram as ofertas de pacotes para os clientes pré-pagos. Hoje, boa parte desse público está mais interessado em dados do que em voz, explica o presidente da consultoria Teleco Eduardo Tude.
— As receitas de voz estão em queda. Então, as operadoras querem vender dados. Por isso, mais opções aos clientes. A pessoa que antes tinha dois chips para usar como voz, hoje já prefere uma operadora só e um pacote de dados bom. Isso tudo por conta dos serviços de mensagens. Tem operadora que até oferece WhatsApp de graça para vender esses pacotes.
Saber quanto custa a internet em cada operadora não é o suficiente na hora de decidir mudar, segundo Maria Inês Dolci, coordenadora da associação de consumidores Proteste.
— O consumidor precisa verificar onde ele vai usar o 3G. Dependendo da localização, não funciona direito, tem sombra de sinal. A queixa mais comum é a falta de sinal. Então, antes de qualquer coisa, tem que falar com vizinhos ou amigos da região onde mora, ver se o sinal daquela operadora chega bem.
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Atenção
O R7 encontrou todos os contratos facilmente nos sites das quatro operadoras. A coordenadora da Proteste sugere que antes de qualquer decisão o interessado leia esses termos.
— Não dá para se deixar levar por propagandas. Além da qualidade e do preço, o consumidor tem que saber as condições gerais desse contrato. Tem muitas entrelinhas que ele poderá, eventualmente, não concordar. Aí é melhor não comprar.
Se for comprar algum pacote que ofereça Facebook ou WhatsApp de graça, é mais importante ainda ler o contrato. Há limitações de uso desses aplicativos em alguns casos. Também é preciso lembrar que essas promoções são por prazos determinados pela empresa.