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Concessões de crédito têm alta de 4,9% em junho, mesmo com juros

Valor emprestado chegou a R$ 24 bilhões no período; em 12 meses, os pedidos atendidos tiveram aumento acumulado de 24,3%

Economia|Do R7


Em junho, houve aumento médio de 4,9% nos empréstimos concedidos, diz BC
Em junho, houve aumento médio de 4,9% nos empréstimos concedidos, diz BC

As concessões médias de crédito apresentaram alta de 4,9% em junho e chegaram a R$ 24 bilhões, informou o BC (Banco Central) nesta segunda-feira (29). Em 12 meses, a elevação acumulada foi de 24,3%. Segundo a instituição, esse aumento é reflexo do dinamismo do PIB (Produto Interno Bruto), mesmo em meio ao ciclo de alta dos juros no país. 

No recorte por tipo de tomador dos empréstimos, o saldo de crédito a pessoas físicas subiu 1,3% no mês, e 21,5% em 12 meses. Para as pessoas jurídicas, o crescimento foi de 2,1% em junho, e de 12,8% em 12 meses.

Na série dessazonalizada, as concessões de crédito caíram 0,7% em junho ante maio; no caso de pessoas físicas, elas avançaram 1,8% e, no das empresas, cederam 0,9%. Já as concessões no crédito livre, que reúne operações que não utilizam recursos do BNDES ou da poupança, diminuíram 0,6%. Ainda assim, os dados do BC mostram que, no caso das pessoas físicas, houve alta de 0,5%. Para as empresas, houve aumento de 0,8%.

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Entre as concessões no crédito direcionado (que usa recursos do BNDES e da poupança), houve alta em junho ante maio de 4,8%. Para as pessoas físicas, a elevação foi de 12,0%, e, no caso das empresas, o recuo foi de 6,6%.

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Na comparação com maio, o estoque total de crédito no Brasil subiu 1,6% em junho, atingindo R$ 4,956 trilhões, o que corresponde a 53,9% do PIB. Em relação às operações de crédito do SFN (Sistema Financeiro Nacional), o estoque foi de R$ 5 trilhões em junho, alta de 1,6% no mês, composta dos incrementos de 2,1% na carteira de pessoas jurídicas, com saldo de R$ 2 trilhões, e de 1,3% na de pessoas físicas, com R$ 2,9 trilhões.

O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, diz que o principal fator a contribuir para esse quadro é o crescimento da atividade econômica no país. Ele usou como exemplo as concessões de financiamentos à exportação, que tiveram alta de 81% em 12 meses, e à importação, com crescimento de 73% no mesmo período.

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Juros do crédito

De acordo com os dados do BC, a média dos juros das operações de crédito manteve o ritmo de alta, e subiu 0,5 ponto percentual em junho sobre o mês anterior, e ficou em 28,1% ao ano, após um mês de estabilidade. Em junho de 2021, estava em 20%.

Quando considerado apenas o crédito livre (em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores), o aumento dos juros no mês foi de um ponto, chegando a 39%, alta de 10,6 pontos percentuais em 12 meses.

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O Copom (Comitê de Política Monetária) subiu a taxa básica de juros em 0,5 p.p. (ponto percentual) em sua reunião de agosto, a 13,75% ao ano, uma indicação de que o ciclo de aperto pode ter acabado ou está perto de finalizar. O nível da Selic (a taxa básica de juros da economia nacional) está 11,75 pontos percentuais acima da mínima histórica de 2%, atingida no início de 2021, em meio à pandemia de Covid-19.

Mesmo com a elevação do volume de crédito e a alta nos juros, Rocha afirma que a inadimplência no país está "bem-comportada". No segmento de recursos livres (que considera atrasos superiores a 90 dias), a inadimplência ficou estável em 3,6% em junho, em relação a maio. No início do ano era de 3,3%, subiu para 3,5% em abril e foi a 3,6% em maio. Em 12 meses, a alta é de 0,7 ponto percentual.

A apresentação dos dados de junho, originalmente, ocorreria no fim de julho, mas as divulgações pelo banco estão atrasadas por causa da greve dos servidores do órgão. Os dados relativos a maio também foram apresentados com atraso pelo BC, nesta segunda. No mês, o estoque total de crédito cresceu 1,1% em relação a abril, patamar equivalente a 53,7% do PIB.

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