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Confiança da indústria fica estável em agosto, após quatro meses seguidos de alta, diz FGV

Segundo o levantamento, em médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,2 ponto, quarta alta consecutiva, para 100,6 pontos

Economia|Do R7, em Brasília


Índice ficou estável em 101,7 pontos em agosto Tânia Rêgo/Agência Brasil/Arquivo

O ICI (Índice de Confiança da Indústria) se manteve estável em 101,7 pontos em agosto, após quatro meses seguidos de alta, informou nesta quarta-feira (28) o Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas). Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,2 ponto, quarta alta consecutiva, para 100,6 pontos.

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A FGV informou que o resultado de agosto reflete a relativa estabilidade nas avaliações tanto sobre a situação atual como nas expectativas em relação aos próximos meses.

O economista Stéfano Pacini, do FGV-Ibre, avaliou que o resultado do mês é uma espécie de compensação após um período de seguidas melhoras na demanda e redução dos estoques. “Apesar da interrupção do ciclo de altas, o empresário do setor segue com perspectivas positivas relacionadas ao ambiente de negócios para o fim do ano”, explicou.

Em agosto, houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados pelo levantamento. O ISA (Índice Situação Atual) variou -0,1 ponto, para 103,6 pontos. O Índice de Expectativas (IE) registrou variação de +0,1 ponto, para 99,8 pontos, maior patamar desde novembro de 2021 (100,7 pontos).


Segundo Pacini, no cenário macroeconômico, apesar do fim do ciclo de quedas na taxa de juros, os indicadores de trabalho e renda continuam positivos e contribuem com o otimismo espalhados entre os segmentos, porém “acende um alerta para uma possível pressão de custos”.

Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria

O Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria) manteve relativa estabilidade ao variar -0,1 ponto percentual em agosto, para 83,3%. No mês passado, o indicador ficou em 83,4%, o maior patamar desde maio de 2011, quando registrou 83,6%.


Pacini explica que o resultado do Nuci está ligado à melhora de demanda que as empresas tiveram para não só ajustar estoques, mas também atender a comércio ou outras indústrias. “Esse resultado de estabilidade tem uma cara um pouco compensatória. Não sabemos se o Nuci vai subir como a confiança, mas parece que as empresas aqueceram a produção no passado recente para abastecer seus estoques e atender essa demanda que melhorou”, afirmou.

“Agora, o Nuci parece andar um pouquinho de lado neste mês. Acho que a gente vai ter que observar para os próximos meses porque, se os estoques estiverem muito cheios e a demanda não estiver tão aquecida, as empresas também não vão acelerar a sua produção novamente”, completou.

A edição de agosto coletou informações de 1.031 empresas entre os dias 1º e 2 deste mês.

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