Confiança do comércio avança depois de cinco quedas seguidas
Apenas o otimismo com relação ao futuro melhorou, a situação atual ainda está negativa
Economia|Do R7
Após cinco quedas consecutivas, o ICOM (Índice de Confiança do Comércio) da FGV (Fundação Getulio Vargas) avançou 0,4% entre março e abril de 2015, ao passar de 92,0 para 92,4 pontos. Medido em médias móveis trimestrais, o índice manteve a tendência negativa.
O superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr., afirma que a discreta alta do ICOM em abril foi determinada pela melhora das expectativas em relação à evolução dos negócios nos meses seguintes.
— A diminuição do pessimismo foi, no entanto, insuficiente para alterar a tendência do Indicador que mede a intenção de contratações pelo setor, que continua em queda e sinalizando diminuição de ofertas de emprego.
De 17 segmentos do Comércio monitorados pela Sondagem, 11 registraram alta em abril. No Varejo Restrito, houve alta em oito dos nove segmentos. O ICOM do segmento avançou 3,7% em abril, depois de recuar 7,4% no mês anterior.
A alta do ICOM em abril foi determinada pela evolução favorável das expectativas. O Índice de Expecativas avançou 1,9%, atingindo 117,3 pontos, sob influência, principalmente, da melhora do indicador que mede o otimismo com as vendas nos três meses seguintes, que avançou 2,6% em relação ao mês anterior.
Apesar da melhora das expectativas em relação às vendas e ao ambiente de negócios, o Indicador que mede o ímpeto de contratações pelo setor recuou em abril pelo quinto mês consecutivo, em 2,5%, atingindo 91,4 pontos, o menor valor da série histórica.
Já o Índice da Situação Atual — que retrata a percepção em relação à demanda — recuou pelo terceiro mês seguido (-2,0%), atingindo o mínimo histórico de 67,5 pontos.