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Confiança dos comerciantes retoma nível pré-pandemia, mostra CNC

Otimismo dos empresários do setor é impulsionado pela melhor percepção da economia e aposta de bons resultados com a proximidade das festas de fim de ano

Economia|Do R7

Celebrações de fim de ano impulsionam expectativas do comércio
Celebrações de fim de ano impulsionam expectativas do comércio

O arrefecimento da inflação e as expectativas com a aproximação das festas de final de ano impulsionaram a confiança dos empresários do comércio. Segundo dados apresentados nesta quinta-feira (3) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio), o Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio) avançou 0,7% em outubro e atingiu os 129,7 pontos.

O movimento, que reverte as duas quedas consecutivas apuradas nos meses de agosto e setembro, faz o otimismo dos varejistas a superar em 1,3 ponto o nível de pré-pandemia (128,4 pontos), o que demonstra completa recuperação do indicador dos efeitos negativos da crise sanitária.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o aumento da confiança dos empresários varejistas está diretamente relacionado com o salto de 2,1% da intenção de consumo das famílias.

“A combinação entre a queda da inflação e as transferências de renda tem favorecido o poder de compra dos consumidores, que estão mais satisfeitos com o nível de consumo e mais dispostos a consumir nos próximos meses, o que naturalmente impulsiona a confiança do varejo nacional”, afirma ele.


Na comparação com outubro de 2021, a confiança aumentou 8,8%, com destaque para a avaliação do desempenho atual da economia, que teve crescimento de 18,4%. Já a percepção dos comerciantes sobre o desempenho da atividade econômica subiu 3,8%, aos 104,5 pontos, alta que levou o indicador de volta à zona de otimismo pela primeira vez desde março de 2020.

Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela pesquisa, as três deflações mensais coletados desde julho desafogaram os rendimentos dos consumidores, mas ainda não foram sentidos nos resultados das vendas do comércio, que aparecem no campo negativo há três meses.


“O volume de vendas reduziu 0,1% em agosto, com desempenho heterogêneo dos segmentos do comércio. Os dados de arrecadação do ICMS nos Estados, em setembro, também corroboram o menor dinamismo das vendas do comércio”, analisa ela.

Outros obstáculos citados pela economista como entraves para o setor são o nível de endividamento elevado e a alta dos juros. Ainda assim, ela vê a proximidade das festas de fim de ano, que serão impulsionadas pela Copa do Mundo, como determinantes para melhorar as expectativas do varejo para os próximos meses. A perspectiva para o comércio no curto prazo avançou 0,6%, com o indicador alcançando 160,9 pontos, o maior nível desde março de 2020.

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