Consumo de energia elétrica teve leve queda em outubro
FreepikO consumo de energia elétrica foi de 42.476 GWh (gigawatts-hora) em outubro no Brasil, o que corresponde a uma ligeira queda de 0,3%, na comparação com mesmo mês de 2021, informa a EPE (Empresa de Pesquisa Energética). No acumulado em 12 meses, o consumo nacional registra alta de 1,2% frente ao período imediatamente anterior, chegando a 507.226 GWh.
Na comparação anual, o mercado cativo, formado principalmente por consumidores residenciais e comerciais atendidos pelas distribuidoras, registrou queda de 3,1% em outubro. Já o mercado livre, em que grandes empresas podem escolher seu fornecedor de energia, houve alta de 4,2%.
Entre as classes de consumo, as indústrias demandaram 15.686 GWh, ou 0,9% mais eletricidade em relação a outubro de 2021, enquanto as residências apresentaram aumento de 0,6%, para 12.608 GWh. Já o uso do comércio ficou estagnado em 7.483 GWh (-0,1%), enquanto outras classes apresentaram queda de 4,7% no mesmo período.
Segundo a EPE, o crescimento do consumo na indústria foi disseminado entre seus principais segmentos, com sete dos dez ramos mais eletrointensivos com alta na comparação anual. Em valores absolutos de carga de energia, destaca-se a metalurgia, com 196 GWh adicionados, o que corresponde a uma demanda 5,2% maior). A expansão no segmento foi puxada pela cadeia do alumínio primário no Maranhão e no Pará, mas a queda na produção siderúrgica nacional atenuou a alta.
Também se sobressaíram a fabricação de produtos alimentícios (+3,5%) e a fabricação de papel e celulose (+6,8%). Por outro lado, apresentaram queda do consumo os setores de produtos têxteis (-4,7%) e de produtos minerais não-metálicos (-3,1%).
Ainda na classe Industrial, as regiões Nordeste (+11,3%) e Norte (+5,9%) puxaram o consumo de eletricidade, enquanto o Sul (-1,9%), o Sudeste (-1,1%) e o Centro-Oeste (-1,1%) reduziram seus consumos.
Na classe residencial, o clima, com temperaturas acima da média nas regiões Norte (+8,7%) e Sul (+3,1%), puxou a elevação da taxa, enquanto o Centro-Oeste (-3,5%) e o Nordeste (-1,0%) foram afetados por temperaturas mais amenas. O Sudeste ficou estável (0,0%).
Entre os estados, os maiores acréscimos da taxa ocorreram em Tocantins (+15,2%), Roraima (+12,7%), Pará (+11,0%), Maranhão (+9,3%) e Piauí (+8,2%). Um programa de redução de perdas aplicado pela distribuidora local do Maranhão e Pará continua impactando de forma positiva o consumo nesses locais. Por outro lado, Mato Grosso do Sul (-15,2%), Rio Grande do Norte (-6,6%), Mato Grosso (-6,0%), Paraíba (-5,4%), Pernambuco (-5,1%), Rio de Janeiro (-4,8%) e Bahia (-4,5%) tiveram retração do consumo.
No comércio, as regiões Norte (+7,0%), Centro-Oeste (+1,9%) e Sul (+1,2%) aumentaram seu consumo e, em contrapartida, Nordeste (-2,5%) e Sudeste (-0,9%) apresentaram redução.
Entre as unidades da federação, os destaques foram: Mato Grosso do Sul (+14,9%), Tocantins (+13,4%), Roraima (+12,3%), Pará (+9,3%) e Minas Gerais (+8,0%). No caminho oposto, Maranhão (-11,1%), Rio Grande do Norte (-5,5%), Mato Grosso (-5,4%) e Paraíba (-5,0%) foram os que tiveram as maiores retrações do consumo.
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