O governo federal registrou superávit primário de R$ 18,3 bilhões em outubro ante um saldo positivo de R$ 30,5 bilhões no mesmo mês do ano passado, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira (28).
O resultado do governo central, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, veio no mês passado melhor que o saldo positivo de R$ 15,6 bilhões projetado por analistas em pesquisa da Reuters.
No acumulado dos primeiros dez meses do ano, as contas federais registraram déficit de R$ 75 bilhões ante um superávit de R$ 64,4 bilhões no mesmo período de 2022.
Em 12 meses até setembro, o saldo fiscal ficou negativo em R$ 85,3 bilhões. Em dados corrigidos pela inflação, o déficit corresponde a 0,83% do PIB.
Em outubro deste ano, as despesas totais do governo cresceram 10,1% acima da inflação na comparação com o mesmo mês de 2022, ritmo bem mais forte do que a alta de 0,6% observada na receita líquida, que desconta as transferências a estados e municípios.
As receitas do governo foram impactadas negativamente pela arrecadação proveniente da exploração de recursos naturais, que caiu R$ 3,3 bilhões em relação ao mesmo mês do ano passado.
Do lado das despesas, houve um aumento de R$ 2,3 bilhões em gastos com benefícios previdenciários, além de uma alta de R$ 6,3 bilhões em despesas relacionadas ao programa Bolsa Família.