Contratos de aluguel que vencem em abril terão reajuste de 0,17%, a menor alta em cinco anos
Variação acumulada em 12 meses do IGP-M confirma tendência de queda do índice iniciada em maio de 2021, mostra FGV
Economia|Do R7
![Inflação do aluguel avançou 0,05% em março](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/NSKP2YFQJ5KJ3JXX7KJSCIHRXY.jpg?auth=b7605931ad07aab9bfeb565c620259bb32f7415a3facd01a64b64e347199a00f&width=677&height=369)
O IGP-M (Índice Geral de Preços — Mercado), indicador responsável pelo reajuste da maioria dos contratos de locação vigentes no Brasil, ganhou ritmo e subiu 0,05% em março, ante queda de 0,06% apurada em fevereiro.
Mesmo com a aceleração divulgada nesta quinta-feira (30) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o percentual a ser repassado aos contratos de locação com vencimento em abril será de 0,17%, referente à variação acumulada do índice nos últimos 12 meses. A taxa anual é a menor desde fevereiro de 2018 (-0,42%).
Na prática, os inquilinos que pagam mensalmente um aluguel de R$ 1.600 passarão a desembolsar R$ 1602,72 (+R$ 2,72) todos os meses para continuar no mesmo imóvel.
A variação do IGP-M acumulada no período de um ano mantém a tendência de queda apurada desde maio de 2021, quando o indicador apresentava oscilação de 37% para as locações que venceriam no mês seguinte.
Para os contratos de aluguel com vencimento no mês de maio de 2023, a variação anual do IGP-M pode ser negativa. Tal movimento não é visto no Brasil desde fevereiro de 2018 (-0,42%), mês que encerrou a série de quedas do indicador iniciada em julho do ano anterior.
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente da apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.