Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Convergência da inflação para meta em 2017 não prevê queda da Selic, diz diretor do BC

Economia|Do R7

FORTALEZA (Reuters) - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Altamir Lopes, afirmou nesta sexta-feira que a convergência da inflação para o centro da meta de 4,5 por cento em 2017 "não contempla reduções da taxa básica de juros", hoje a 14,25 por cento ao ano.

Durante apresentação sobre o Boletim Regional, o diretor também afirmou que o aumento das incertezas sobre a economia global tende a influenciar a economia doméstica, "com viés desinflacionário".

"Há muito tempo não vejo um início de ano tão conturbado no cenário internacional. Cenário é complexo e com muitos riscos associados", disse ele, mencionando desaceleração econômica da China e dúvidas sobre o ritmo de normalização da política monetária nos Estados Unidos.

As declarações de Lopes fazem parte da ofensiva do BC nesta semana para reforçar que não há espaço para afrouxar a política monetária, após algumas especulações de que a autoridade poderia cortar a Selic em meio à cambaleante atividade econômica.


Na véspera, a mesma mensagem havia sido passada pelo diretor de Política Monetária, Aldo Mendes, e, mais tarde, pelo presidente do BC, Alexandre Tombini.

Diante disso, no mercado de futuros de juros, foram varridas as poucas especulações de que o BC poderia reduzir a Selic em algum momento diante do quadro recessivo no Brasil.


Falando sobre Brasil, Lopes apontou que a diminuição do preço do petróleo tem "impacto desinflacionário importante", apesar de os combustíveis serem administrados no país. Isso porque essa redução afeta os custos de toda cadeia petroquímica.

Lopes também destacou que as expectativas para o ano são de desinflação muito forte para os preços administrados, que acertaram em cheio a inflação em 2015. O IPCA fechou o ano passado em 10,67 por cento, estourando a meta --de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.


O diretor afirmou ainda que o BC segue com objetivos muito claros em relação ao controle da inflação, circunscrevendo-a aos limites da meta em 2016 e fazendo-a convergir para 4,5 por cento em 2017. Lopes afirmou que a expectativa do BC é de desinflação da ordem de 2 pontos percentuais no primeiro semestre.

Sobre a necessidade de ajuste fiscal na economia, ele afirmou que o processo necessariamente tem que passar por medidas estruturais para o ganho de confiança e credibilidade.

None

(Por Marcela Ayres)

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.