Cresce o número de famílias endividadas e inadimplentes
Parcela de pessoas com dívidas chegou a 64,8% em agosto, contra os 64,1% registrados em julho, e de inadimplentes a 24,3%, alta de 0,4 ponto percentual
Economia|Da Agência Brasil
A parcela de famílias com dívidas (não necessariamente em atraso) chegou a 64,8% em agosto, acima dos 64,1% atingidos em julho deste ano e dos 60,7% de agosto do ano passado.
No caso dos inadimplentes%2C o percentual foi de 24%2C3%%2C taxa superior aos 23%2C9% de julho e aos 23%2C8 de agosto de 2018.
Os dados são da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) e foram divulgados nesta sexta-feira (13) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
Famílias sem condições de pagar dívida diminuem
O estudo também mostra que o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso diminuiu para 9,5% em agosto.
Em julho deste ano%2C eram 9%2C6% e%2C em agosto de 2018%2C eram 9%2C8%.
Mesmo com o aumento do endividamento e da inadimplência, as famílias brasileiras se mostraram mais otimistas em relação à sua capacidade de pagamento, segundo José Roberto Tadros, o presidente da CNC.
“A redução do comprometimento de renda na comparação mensal e a perspectiva de renda extra com os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS/Pasep ajudam a explicar esse resultado”.
Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso diminuiu, nas comparações mensal e anual, de 64,4 dias, em agosto de 2018, e de 64 dias em julho para 63,2 dias em agosto deste ano.
Também foi reduzido o tempo médio de comprometimento com as dívidas, de 7,1 meses em agosto de 2018 e 7 meses em julho deste ano para 6,9 meses em agosto deste ano.