Desemprego recua em 7 unidades da Federação no terceiro trimestre do ano, indica IBGE
Quedas mais intensas foram verificadas em Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%) e Distrito Federal (8,8%)
Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,4% no terceiro trimestre de 2024, o menor valor para o período desde o início da série histórica, em 2012. O recuo foi acompanhado por 7 das 27 unidades da Federação.
As quedas mais intensas foram verificadas em Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%) e Distrito Federal (8,8%). Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Já as menores taxas foram apuradas em Rondônia (2,1%), Mato Grosso (2,3%) e Santa Catarina (2,8%). Além das sete unidades da Federação com quedas nessa taxa, as outras 20 não mostraram variações estatisticamente significativas no indicador.
Em igual período de 2023, a taxa de desemprego estava em 7,7%. No segundo trimestre de 2024, em 6,9%.
No terceiro trimestre de 2024, em todas as faixas de tempo de procura por trabalho, a população desocupada recuou acima dos 10%. O grupo dos que buscavam trabalho por menos de um mês teve redução de 17,6%, o dos que procuravam trabalho de um mês a menos de um ano diminuiu 12,1%, o contingente dos que buscavam trabalho por um ano a menos de dois anos recuou 19,1%, e a faixa com maior tempo de procura (dois anos ou mais) teve a maior redução percentual: 20,4%.
“Este aquecimento da economia, refletido na redução da taxa de desocupação, influencia diretamente na diminuição do tempo de busca por trabalho. Como consequência, reduz-se o número de pessoas que estavam há mais de dois anos procurando por uma ocupação”, observa William Kratochwill, analista da pesquisa.
Informalidade
Segundo o estudo, a taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,8% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (56,9%), Maranhão (55,6%) e Piauí (54,5%). Já as menores foram verificadas em Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,2%) e São Paulo (30,6%).
A taxa de informalidade da população ocupada é calculada considerando-se os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.
Rendimento
No terceiro trimestre do ano, em comparação com o trimestre anterior, o rendimento médio real da população ocupada mostrou-se estável em todas as regiões. Já em relação ao mesmo trimestre de 2023, o rendimento médio cresceu no Nordeste (R$ 2.216), Sudeste (R$ 3.656) e Sul (R$ 3.577), com estabilidade no Norte (R$ 2.482) e Centro-Oeste (R$ 3.683).
A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.227 no trimestre encerrado em setembro. O resultado representa alta de 3,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.