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Desemprego vai ao menor nível para abril em 10 anos, mas 8,2 milhões buscam trabalho

Taxa de desocupação no país chegou ao menor nível para o mês desde 2014, e o salário médio da população ficou em R$ 3.151

Economia|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Pesquisa foi divulgada nesta quarta pelo IBGE Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A taxa de desemprego no Brasil ficou estável e chegou a 7,5% no trimestre encerrado em abril. Trata-se do menor nível para o mês desde 2014, segundo dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgados nesta quarta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar da estabilidade, referente ao trimestre encerrado em janeiro (7,6%), a pesquisa mostra que 8,2 milhões de brasileiros não ocupam uma vaga de trabalho. Mesmo sem apresentar variações significativas, 882 mil brasileiros encontraram um emprego, indicou o IBGE.

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“A estabilização da desocupação, se deve, principalmente, à redução das perdas do comércio, que observamos no primeiro trimestre, e ao retorno da ocupação no segmento da educação básica pública no ensino fundamental”, disse a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

A massa de empregados com carteira assinada chegou a 38,188 milhões, um recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Da mesma forma, o número de trabalhadores sem carteira também foi recorde, chegando a 13,5 milhões.


“A expansão da ocupação, nos últimos trimestres, vem ocorrendo por meio dos empregados, que superaram outras formas de inserção, como a dos trabalhadores por conta própria e os empregadores. O conjunto dos empregados no setor privado, com ou sem a carteira assinada é o que mais tem contribuído para o crescimento da população ocupada no país”, completou Adriana.

Salário médio do brasileiro

Os brasileiros empregados recebem, em média, R$ 3.151 — sem variação significativa na comparação com o trimestre anterior e com alta de 4,7% na comparação anual. O rendimento dos trabalhadores da indústria geral (8,5%), comércio e reparação de veículos (4,6%), transporte, armazenagem e correio (5,7%) e administração pública (4,0%) registraram alta.


A massa de rendimentos, referente a soma das remunerações de todos os trabalhadores, chegou a R$ 313,1 bilhões. O valor representa um novo recorde da série histórica, mostrando estabilidade no trimestre e subindo 7,9% ante o mesmo período de 2023.

Desalentados e subutilização

A população desalentada registrou 3,5 milhões, ficando estável em comparação com o trimestre anterior. Essa categoria é classificada como todos aqueles com mais de 14 anos que estavam fora do mercado de trabalho e não haviam realizado busca efetiva por uma colocação.

Já a taxa de subutilização, que calcula o percentual de desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, e a força de trabalho potencial, ficou em 17,4%.

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