Dia das Crianças deve movimentar R$ 9,35 bilhões no comércio do país, diz estudo
Projeção da Confederação Nacional do Comércio mostra que as vendas do varejo podem aumentar 2,6% em relação ao ano passado
Economia|Do R7
A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) projeta que o Dia das Crianças vai movimentar R$ 9,35 bilhões na economia do país. Isso deve provocar um crescimento de 2,6% nas vendas do varejo em relação a 2023, se a previsão estiver correta. A data é a terceira mais lucrativa no Brasil e fica atrás apenas do Natal e do Dia das Mães.
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Segundo a pesquisa, o que explica o possível aumento nas vendas é o mercado de trabalho aquecido. Segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua referente ao segundo trimestre de 2024, a taxa de desocupação foi de 6,9%, o menor valor para o período desde 2014.
Além disso, a massa real de rendimentos, que é uma soma da renda média de todos os trabalhadores do país, avançou de 8,3% nos últimos 12 meses. O que significa que o salário teve uma valorização. Isso faz com que as condições de compra sejam mais favoráveis para o consumidor.
O presidente do sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, explicou que o varejo tem ficado mais estável, e isso contribui para criar uma expectativa para a movimentação do comércio. “Essa é uma data que continua sendo chave para o comércio. As boas condições do mercado de trabalho e a melhoria no rendimento das famílias são os fatores que nos permitem projetar um crescimento de vendas neste ano”, diz.
Preços dos presentes
Itens como livros, chocolates e sapatos poderão ficar mais caros, com um aumento de 9,7%, 7,2% e 6,5%, respectivamente. Em 2023, os valores desses produtos elevaram mais que neste ano, com exceção dos chocolates.
Os produtos ou serviços que devem baratear são as bicicletas, com queda de 4,3% no valor, e ingressos para cinemas ou teatros, com baixa de 3,9%. Os brinquedos devem estar com valores 2,8% mais baixos. Todos esses itens tiveram queda no preço em comparação com o último ano.
O economista que fez o estudo, Fabio Bentes, afirma que a baixa na inflação faz com que os consumidores tenham um alívio na hora das compras. “Embora alguns produtos tenham aumentado de preço, como livros e chocolates, outros bens relevantes para a data estão com preços menores, o que facilita o planejamento do orçamento das famílias”, explica.
Preferência por roupas
Vestuário, calçados e acessórios será o setor mais procurado na hora de comprar os presentes para as crianças, de acordo com a projeção. A expectativa de faturamento para o seguimento é de R$ 2,56 bilhões.
Em seguida, aparece o setor de brinquedos e eletroeletrônicos, com R$ 2,30 bilhões. Farmácias, perfumarias e cosméticos ficam em terceiro e podem faturar R$ 2,15 bilhões.