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Documentos falsos e fraude de R$ 12,2 bi: o que BC, MPF e PF acharam sobre Master e BRB

Polícia Federal prendeu Daniel Vorcaro após identificar irregularidades no Banco Master

Economia|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Investigação da PF e MPF revela fraude de R$ 12,2 bilhões envolvendo o banco Master e o BRB.
  • Documentos falsos foram entregues ao Banco Central para justificar a venda de carteiras de crédito inexistentes.
  • Operação Compliance Zero resultou na prisão do presidente do Master e no afastamento do presidente do BRB.
  • Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Master após detectar irregularidades financeiras.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Banco Central decretou liquidação extrajudicial do Master Reprodução/ Record News

A investigação da Polícia Federal e do MPF (Ministério Público Federal) sobre a gestão do Banco Master detectou indícios de que a instituição comandada por Daniel Vorcaro vendeu R$ 12,2 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB (Banco Regional de Brasília) e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio.

Foram essas informações que resultaram na operação Compliance Zero, deflagrada nesta terça-feira (18) pela PF e que prendeu Vorcaro e afastou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. Também nesta terça, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Master, menos de um dia após o Grupo Fictor ter indicado o interesse em comprar a instituição.


Esses fatos foram comunicados aos órgãos de investigação pelo próprio BC, depois que a compra do Master pelo BRB foi rejeitada. Procurado, o Banco Master não se manifestou até o fechamento deste texto.

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Ao descobrir o rombo no balanço do Master, o Banco Central determinou que o BRB desfizesse a operação, para recompor a sua liquidez e reorganizar o seu balanço. Essa foi uma das exigências feitas pelo BC durante a análise da operação da proposta do BRB ao Master.


Segundo a investigação, o BRB transferiu cerca de R$ 12,2 bilhões ao Master no primeiro semestre de 2025 para a compra de carteiras de crédito, antes mesmo de formalizar a intenção de comprar o banco

Quando o Banco Central analisou o negócio, constatou indícios de que essas carteiras de crédito eram falsas, ou seja, simplesmente não existiam.


Segundo as investigações, foram produzidos documentos com data de 2024 para tentar justificar o negócio, mas a assinatura eletrônica era de abril e maio de 2025, período no qual o BC pediu informações sobre as transferências de recursos do BRB para o Master.

“A hipótese investigativa levantada é a de que a solução do Grupo Master para aportar recursos muito superiores à sua produção histórica, e que fossem capazes de cobrir o rombo de 12 bilhões, consistiu em se associar, ilicitamente, a uma Sociedade de Crédito Direto, com o objetivo de inflar seu patrimônio artificialmente, por meio da aquisição de carteiras de créditos inexistentes e revendê-las ao BRB”, diz a decisão judicial que autorizou a operação.


Nesses documentos falsos, foram usadas informações de duas associações ligadas a Augusto Lima, também sócio de Vorcaro no banco Master. O objetivo seria simular a existência de carteiras de crédito consignado bilionárias.

Depois que o Banco Central rejeitou o negócio de compra do Master pelo BRB, os investigadores detectaram que o banco público do Distrito Federal continuou transferindo recursos para a instituição de Daniel Vorcaro.

Por isso, eles entenderam que os crimes continuavam em andamento e justificavam a prisão preventiva de Vorcaro e outros diretores do Master.

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