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Dólar abre a semana em alta e fecha a segunda-feira cotado a R$ 3,76

Avanço de 0,66% da moeda norte-americana foi guiada por movimento de correção e cautela pré-feriado

Economia|Do R7

Dólar oscilou entre R$ 3,74 e R$ 3,77 na sessão
Dólar oscilou entre R$ 3,74 e R$ 3,77 na sessão

O dólar terminou a segunda-feira (19) em alta de 0,66% ante o real, negociado a R$ 3,7645. A valorização da moeda ocorre em movimento de correção de parte da queda dos últimos pregões e pela menor liquidez por conta do feriado doméstico desta terça-feira (19).

Na mínima do dia, a divisa foi a R$ 3,7432 e, na máxima, a R$ 3,7739. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,5%.

"É normal, depois do recuo recente, haver alguma acomodação", disse o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado, referindo-se às perdas da moeda nos dois últimos pregões.

A liquidez foi baixa na sessão, com muitos investidores emendando o feriado do Dia da Consciência Negra, que deixa os mercados fechados no dia seguinte.


Na quinta-feira, é a vez de os mercados norte-americanos não abrirem devido ao dia de Ação de Graças — o que promete deixar toda a semana com liquidez curta.

Cenário externo


O dólar bateu a máxima cotação da sessão ante o real à tarde, após declarações do presidente do Fed de Nova York, John Williams.

Um dos mais influentes membros votantes de política monetária do banco central dos EUA, ele disse esperar a continuidade do ciclo de aumento gradual das taxas de juros no encontro do mês que vem, de modo a prolongar a expansão econômica dos EUA.


Isso suavizou a leitura das falas de outros representantes do Fed, que animou os mercados nos últimos dias e sustentou o viés de baixa lá fora mais cedo.

O dólar, que chegou a cair ante as divisas emergentes nesta segunda-feira, passou a subir com a notícia ante a maior parte delas, como o peso mexicano, embora tenha se mantido em queda ante a cesta de moedas.

Na sexta-feira, o recém-nomeado vice-presidente do Fed, Richard Clarida, havia alertado sobre uma desaceleração no crescimento global, dizendo que "isso é algo que será relevante" para as perspectivas para a economia dos EUA. E o presidente do Federal Reserve de Dallas, Robert Kaplan, em entrevista separada à Fox Business, também disse que está vendo uma desaceleração do crescimento na Europa e na China.

Do lado comercial, as relações entre China e EUA seguem instáveis, depois que as divergências entre ambos impediram que líderes da região Ásia-Pacífico chegassem a um acordo em um encontro em Papua Nova Guiné no domingo pela primeira vez em sua história.

Ambiente doméstico

Internamente, agradou a notícia de que o economista Roberto Castello Branco aceitou convite para comandar a Petrobras no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, somando-se ao nome de Roberto Campos Neto como presidente do Banco Central.

"A escolha de Roberto Castello Branco é música para ouvido do mercado. O governo está formando um 'dream team', a nova equipe é bem animadora", disse Alessie Machado, lembrando, entretanto, que é preciso ver os efeitos práticos no ajuste fiscal.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13.600 contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 7,480 bilhões do total de US$ 12,217 bilhões que vence em dezembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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