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Dólar começa quarta-feira (24) com leve alta; Ibovespa fica estável

Discurso da liderança do banco central dos Estados Unidos e novos dados sobre a taxa de juros criam expectativas nos investidores 

Economia|Do R7

Cédulas e moedas de dólar americano, em cofre de um banco do Colorado, nos EUA
Cédulas e moedas de dólar americano, em cofre de um banco do Colorado, nos EUA

Com investidores à espera de novos dados nos Estados Unidos, em clima de expectativa pelo discurso da liderança do Fed (Federal Reserve, ou Sistema de Reserva Federal, o sistema de bancos centrais daquele país) em evento nesta semana, o dólar tinha leve alta nesta quarta-feira (24), depois de oscilar entre ganhos e perdas, mas dentro de um intervalo estreito.

Essa reação ocorre depois de a moeda despencar 1,32% no fechamento de terça (23), a R$ 5,099, seguindo movimento global motivados por indicadores mais fracos nos Estados Unidos. Eles reavivaram esperanças de que o Fed seja menos duro nas próximas sinalizações de política monetária.

Às 10h10, o dólar à vista subia 0,24%, a R$ 5,1108 na venda. A cotação variou entre R$ 5,119 (+0,40%) e R$ 5,0806 (-0,36%) no início da manhã. Também foram divulgados na quarta os números de bens duráveis, que vieram abaixo do esperado. Mais dados do setor imobiliário são esperados para as 11h (no horário de Brasília). Eles são um dos mais afetados pelas altas de juros. 

Bolsa de São Paulo

Na abertura da bolsa paulista nesta quarta-feira, não foi detectada uma tendência clara, em meio a variações modestas dos futuros acionários dos Estados Unidos, e alta de preços de commodities, como o petróleo e o minério de ferro.


No Brasil, a prévia da inflação, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), registrou em agosto a maior deflação desde 1991, com a taxa abaixo de 10% pela primeira vez em um ano. Às 10h04, o Ibovespa caía 0,03 %, a 112.823,59 pontos.

Expectativa sobre o Fed

Jerome Powell, chair do Fed, falará no simpósio anual de banqueiros centrais em Jackson Hole, nos EUA, na sexta-feira (26). O mercado tenta encontrar pistas sobre o que ele vai dizer, e se o banco central americano pensa em desacelerar o ritmo de elevações de juros, que têm sido incomum, de 0,75 ponto percentual, à medida que cresce o entendimento de que a inflação pode ter atingido o pico.


Real

Na quarta, o real foi uma das moedas de melhor desempenho na sessão. Mesmo com o clima arisco mais recente, o dólar tem se mantido distante de máximas perto de R$ 5,50 alcançadas há cerca de um mês.

"Nesse contexto há presença do investidor estrangeiro retornando aqui ao Brasil", diz Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset. Ele afirma que, num cenário de incertezas internacionais, a atenção pode se voltar para os mercados emergentes, grupo no qual o Brasil é um dos integrantes mais atrativos.

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