Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Dólar se estabiliza após disparada recente, e Ibovespa fecha em alta 

Em dia de trégua, índice de referência nacional sobe 1,07%, puxado por ações da Petrobras; moeda dos EUA encerra o dia a R$ 5,45 

Economia|

Nesta quarta (4), o dólar teve pouca alteração frente ao real e fechou a R$ 5,45
Nesta quarta (4), o dólar teve pouca alteração frente ao real e fechou a R$ 5,45 Nesta quarta (4), o dólar teve pouca alteração frente ao real e fechou a R$ 5,45

O dólar teve pouca alteração frente ao real nesta quarta-feira (4), e, após ter trocado de sinal várias vezes ao longo das negociações, a moeda à vista fechou com variação negativa de 0,04%, a R$ 5,4513 na venda. O Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, subiu 1,07%, e fechou a 105.284,86 pontos, segundo dados preliminares, com volume financeiro de R$ 24 bilhões. Essa alta vem depois de uma queda acumulada em 5% nos dois primeiros pregões de 2023.

Os resultados positivos refletem reações otimistas de investidores a posicionamentos do novo governo sobre temas que causavam preocupação, como a manutenção de reformas estruturais promovidas em gestões anteriores.

Na bolsa, a trégua veio depois que o senador Jean Paul Prates, indicado para presidir a Petrobras, afirmou que não vai desvincular os preços de combustíveis dos valores internacionais. Suas falas impulsionaram as ações da estatal, que elevaram o Ibovespa.

Para Anilson Moretti, chefe de câmbio da HCI Invest, boa parte do movimento da moeda americana refletiu ajustes de posições, depois de o dólar ter saltado quase 3,3% nos dois primeiros dias úteis da presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. "Hoje, a gente está vendo uma correção depois desses dias turbulentos", avaliou o especialista.

Publicidade

Segundo investidores, a declaração do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, de que não há nenhuma proposta sendo pensada, neste momento, para a revisão de reformas, incluindo a previdenciária, deu suporte à estabilização do real.

Além dele, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também repetiu a negativa em relação à Previdência, depois de ter se reunido com Lula.

Publicidade

Moretti lembrou que, na véspera, as críticas do novo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, à reforma realizada no governo Jair Bolsonaro azedaram o humor dos investidores.

Apesar da calmaria desta sessão, Moretti falou que as expectativas em torno das medidas econômicas da gestão Lula seguem "muito nebulosas", e, por isso, é possível haver uma nova valorização da moeda americana nos próximos dias.

Publicidade

"A gente ainda vai ter fortes emoções até sexta-feira. Lula falou que vai acabar com o teto de gastos; isso para [atrair] o investimento estrangeiro é um tiro no pé", disse.

As quedas seguidas do Ibovespa nos dois primeiros pregões do ano foram motivadas por receios relacionados ao novo governo do país, visto pelo mercado como de perfil mais intervencionista e estatizante. Ainda há dúvidas sobre a dinâmica da dívida pública nos próximos anos e temores de uma eventual revogação de leis e reformas.

O comportamento do dólar no mercado doméstico foi pouco afetado pela divulgação, mais cedo, da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos EUA, uma vez que as pautas locais têm dominado os holofotes.

Esse documento mostrou que todas as autoridades presentes na reunião de política monetária, que aconteceu nos dias 13 e 14 de dezembro, concordaram que o banco deveria diminuir o ritmo dos aumentos agressivos da taxa básica de juros. Isso vai permitir que o custo do crédito continue elevado, para controlar a inflação, mas de maneira gradual, para limitar os riscos ao crescimento econômico.

Na esteira da ata, o dólar teve suas perdas reduzidas no exterior frente a uma cesta de moedas fortes, já que o tom da comunicação foi visto como ainda duro por parte dos mercados.

"A ata do Fed manteve o tom do chair [Jerome] Powell na última reunião, ou seja, foi 'hawk' [dura no combate à inflação]", disse a economista-chefe da Upon Global Capital, Nicole Kretzmann.

"O Fed foi mais explícito ao citar que o relaxamento [das condições financeiras] não teria fundamento e que nenhum participante acredita que em 2023 haverá cortes de juros, ao contrário do que o mercado precifica atualmente", completou.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.