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Dólar sobe 1,38%, a R$ 4,94, e Ibovespa cai 1,08%, com influência do exterior 

O avanço dos rendimentos do título americano Treasuries foi o que definiu a forte alta do dólar no Brasil

Economia|Do R7

Dólar fechou o dia cotado a R$ 4,9485 na venda
Dólar fechou o dia cotado a R$ 4,9485 na venda

O dólar subiu mais de 1,38% ante o real, fechando o dia cotado a R$ 4,9485 na venda. Já o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, caiu 1,08%, indo a 126.802,79 pontos. Um dos motivos foi o avanço dos rendimentos dos Treasuries, título americano de dez anos, referência global de investimentos.

O dólar subiu ante o real durante toda a sessão. Às 9h29, a moeda registrou a cotação mínima de R$ 4,8898 (+0,17%), mas depois disso escalou patamares mais elevados.

Um operador ouvido pela Reuters afirmou que o avanço dos rendimentos do título americano foi o que definiu a forte alta do dólar no Brasil, em sintonia com os ganhos vistos também no exterior.

Além disso, conforme o gerente da mesa de derivativos financeiros da Commcor DTVM, Cleber Alessie Machado, parte dos investidores embolsava lucros mais recentes antes da divulgação de dados econômicos importantes no restante da semana.


"Estamos vendo um pessoal colocando um pouco [do lucro] no bolso, antes da bateria de dados que teremos. Isso é saudável, após semanas de rali", disse Machado. “Nós também já víamos que o rali parecia carecer de novos gatilhos para o dólar ir mais para baixo.”

Em novembro, o dólar acumulou queda de 2,48% ante o real.


Já o Ibovespa fechou em queda de mais de 1% nesta segunda-feira, pressionado por movimentos de realização de lucros após ter renovado as máximas desde 2021 na última sessão, com as ações da Gol capitaneando as perdas depois que a companhia aérea contratou uma consultoria para a revisão de sua estrutura de capital.

A semana também começou com perdas em Wall Street e alta nos rendimentos dos Treasuries, refletindo ajustes, enquanto agentes financeiros aguardam novos dados dos Estados Unidos nos próximos dias — incluindo números sobre o mercado de trabalho — para calibrar as apostas sobre os próximos passos do Federal Reserve.


Na máxima do dia, chegou a 128.182,88 pontos. Na mínima, a 126.643,22. O volume financeiro somava R$ 19,6 bilhões.

Na visão do economista-chefe da Genial Investimentos, José Marcio Camargo, a trajetória de alta dos ativos deverá continuar nesta semana, uma vez que se consolida entre investidores a expectativa de que a taxa básica de juros dos EUA deverá ficar constante nas próximas reuniões do Fed.

"Para os investidores, a pergunta é quando terá início a trajetória de queda da taxa", afirmou a empresa em um comentário enviado aos clientes nesta segunda-feira.

Dados da B3 sobre o fluxo de estrangeiros no mercado secundário de ações no Brasil têm refletido essa percepção sobre a política monetária dos EUA, com novembro registrando um saldo positivo de R$ 21 bilhões, maior entrada líquida mensal do ano, após três meses em que as vendas superaram as compras.

Nesse cenário, o Ibovespa acumulou em novembro uma alta de 12,54%, o maior ganho mensal em três anos.

"O pano de fundo, no entanto, pouco mudou: os investidores seguem apostando no fim do ciclo de altas de juros mundo afora e, se possível, em um breve início de reversão desse processo ainda no 1º trimestre de 2024", afirmou a Ágora Investimentos, que chamou o tom mais negativo no exterior de "ajustes pontuais".

A equipe da corretora acrescentou que o resultado fiscal no Brasil, junto com o abrandamento das taxas de juros em outras economias, continua a ser o foco dos investidores e que a votação do projeto de lei de taxação das apostas esportivas é um evento importante nos próximos dias.

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