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Dólar sobe para R$ 5,20 e registra maior alta semanal em 3 meses

Com o movimento recente, o dólar reduziu a queda em dezembro para 2,74%. Apesar disso, analistas ainda apostam em queda

Economia|Do R7

Dólares. Moeda registra a maior alta semanal em três meses
Dólares. Moeda registra a maior alta semanal em três meses Dólares. Moeda registra a maior alta semanal em três meses

O dólar fechou em alta firme contra o real nesta quarta-feira (23) cotado a R$ 5,20, contabilizando a maior valorização semanal em três meses.

Depois de cair a R$ 5,12 (-0,67%) no começo do pregão, a moeda passou a ganhar força ao longo do restante do dia, até inverter o sinal e bater uma máxima de R$ 5,22 (+1,13%) logo após as 14h30.

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No fechamento, o dólar subiu 0,70%, a R$ 5,20 na venda, maior valor desde 2 de dezembro (R$ 5,24). Foi a quarta alta consecutiva, período em que somou ganho de 2,40%.

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A série é a mais longa do tipo desde as também quatro valorizações seguidas entre 13 e 16 de outubro.

Na semana, encurtada pelo Natal, a cotação saltou 2,28%, maior acréscimo desde a semana finda em 25 de setembro (+3,29%).

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Com o movimento recente, o dólar reduziu a queda em dezembro para 2,74%. No ano, a divisa ainda dispara 29,59%, o que deixa o real na vice-lanterna entre 33 pares do dólar, à frente apenas do fragilizado peso argentino, que recua 28,1%.

Segundo um profissional de um grande banco estrangeiro, o mercado parece estar voltando ao trade "compra de dólar/venda de juros e bolsa", especialmente depois da valorização recente do real na esteira do otimismo global com vacinas.

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"Com a notícia da mutação do vírus no Reino Unido, o risco voltou a afetar essas posições (de proteção) e o real está sendo usado para essa recomposição de hedge por ser uma moeda muita líquida", disse.

Essa dinâmica havia sido quebrada recentemente --com real e Ibovespa em alta diante da farta liquidez global, da eleição norte-americana e do desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19--, mas já tinha se mostrado presente nos últimos tempos, à medida que o colapso da Selic a mínimas históricas tornou a moeda doméstica um ativo barato para proteger investimentos em outros mercados brasileiros e mesmo no exterior.

O Ibovespa saltava 1% no fim da tarde, beirando os 118 mil pontos. Em 2020, o real cai 22,83%, e o principal índice das ações brasileiras avança 1,85%, mais do que apagando as perdas decorrentes da crise do coronavírus.

À medida que o fim do ano vai se aproximando, o volume de negócios tende a se reduzir, deixando o mercado mais suscetível a variações bruscas e fatores técnicos. Até 17h17, 225.995 contratos de dólar futuro haviam sido transacionados, 16% abaixo da média dos últimos 30 pregões e 20% aquém da média das últimas 90 sessões.

Apesar das altas recentes, alguns analistas ainda veem caminho de queda para o dólar.

"O mercado continuará a ver volatilidade, mas certamente parece que a tendência de baixa (do dólar) está bastante intacta", disse o DailyForex em nota.

"Outra coisa a se prestar atenção é o fato de que a média móvel de 50 dias está se preparando para cruzar abaixo da média de 200 dias, a chamada 'cruz da morte', que pode enviar o dólar para baixo de um ponto de vista de longo prazo", acrescentou o DailyForex.

A média móvel de 50 dias está em R$ 5,38 reais, enquanto a de 200 dias se encontra em R$ 5,36.

Pela análise do Morgan Stanley, o real ainda está entre as moedas favoritas no mundo emergente, em contraposição a pares como won sul-coreano, dólar de Taiwan e shekel israelense.

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