Depois de demonstrar sinais de desaceleração na abertura de 2023, a economia brasileira avançou 3,32% em janeiro, de acordo com prévia divulgada nesta sexta-feira (28) pelo BC (Banco Central). Trata-se do maior crescimento mensal desde junho de 2020 (+4,86%).
Conforme os números, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), conhecido por sinalizar o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto), figura aos 147,49 pontos na série dessazonalizada (livre de influências). Trata-se do maior nível desde março de 2014 (147,85 pontos).
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o indicador apresenta uma alta de 2,76%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa corresponde a um crescimento de 3,08% da atividade econômica nacional. Em janeiro deste ano, o índice apresentou uma queda de 0,09%.
Os dados do IBC-Br são coletados de uma base similar à do IBGE, órgão responsável pelo indicador oficial sobre o crescimento econômico. Em 2022, quando a economia brasileira avançou 2,9%, a prévia do BC sinalizava a mesma alta para o período.
O resultado positivo surge mesmo diante das inúmeras críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao BC (Banco Central). Ele cobra a redução da taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano, para estimular o desempenho da economia. As falas levam em conta que os juros mais altos encarecem o crédito, desestimulam o consumo da população e abrem opções de investimento para as famílias e empresas.